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O legado da Kodak: inovação, resistência à mudança e a volta das câmeras analógicas

Como a empresa revolucionou o mundo da fotografia e outros setores perdeu espaço para a era digital

Bruna Lima

Publicado em 05/06/2025 às 19:00

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A Kodak foi a pioneira ao criar câmeras analógicas portáteis / Reprodução/Pexels

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A Kodak, uma das maiores empresas de fotografia, revolucionou a forma como as pessoas utilizavam câmeras fotográficas

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Em 1888, o fundador da Kodak, George Eastman, transformou o modo como as pessoas fotografavam e fez da empresa a pioneira na popularização da câmera portátil e do filme fotográfico, impactando profundamente o mundo da fotografia e criando uma nova maneira de capturar imagens.

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Ao longo dos anos seguintes, a marca se tornou símbolo de inovação e dominou o mercado fotográfico. Um exemplo foi a câmera de bolso Pocket Kodak, com um formato mais compacto e prático. Um dos produtos mais marcantes da empresa foi o primeiro filme colorido, o Kodachrome, desenvolvido em 1935.

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Presente em momentos históricos

Dessa forma, a Kodak esteve presente em diversos momentos históricos, por meio de pessoas que registravam esses eventos com câmeras e filmes da marca. Na década de 1970, a Kodak era responsável por cerca de 90% do mercado de filmes fotográficos e 85% do mercado de câmeras nos Estados Unidos.

Um ponto de virada ocorreu em 1975, quando Steve Sasson, engenheiro da Kodak, inventou a primeira câmera digital, que utilizava um sensor CCD (dispositivo de carga acoplada) para capturar imagens digitais e armazená-las em fitas magnéticas. No entanto, a diretoria da empresa descartou a ideia, temendo que a nova tecnologia prejudicasse as vendas de filmes fotográficos.

Com essa resistência à inovação, concorrentes da Kodak seguiram o caminho oposto e investiram na tecnologia digital, que era instantânea e livre das limitações do filme. Assim, o mundo migrou para a era digital, deixando as câmeras analógicas para trás.

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Falência

Apesar de ainda gerar bilhões de dólares nos anos 2000, a Kodak já sentia os efeitos de não ter abraçado a revolução digital. Em 2012, a empresa declarou falência. Posteriormente, passou por uma reestruturação e passou a concentrar seus esforços em tecnologias de impressão de imagem, materiais para embalagens e produtos químicos.

Antes de sua queda, a Kodak também atuou em outros setores, como o cinematográfico. Por meio da Kodak Motion Picture Film, forneceu negativos em preto e branco e coloridos para o cinema. Além disso, contribuiu para avanços na área da saúde, com a criação de equipamentos médicos de imagem.

O receio diante do futuro foi um erro que custou caro. Apesar de sua origem revolucionária, a negação das inovações tecnológicas comprometeu a continuidade da empresa.

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A volta das câmeras analógicas

As câmeras analógicas estão, aos poucos, voltando ao mercado. Isso ocorre devido a uma crescente onda de interesse da geração Z por itens analógicos. Para esses jovens, é uma forma de se desconectar do mundo virtual e se conectar com o mundo real, fora das telas dos celulares.

Embora os smartphones sejam dispositivos completos, com funções de chamada, câmera, reprodutor de música, entre outros. Há um movimento crescente de pessoas buscando alternativas para reduzir a dependência dos celulares.

Além disso, muitos jovens que cresceram no século 21, sem a experiência de usar uma câmera fotográfica tradicional, têm curiosidade em descobrir como ela funciona. Hoje, o resultado das fotos é imediato, mas na época das câmeras analógicas portáteis, havia todo um ritual: colocar o filme, usar todo o rolo, enviar para revelação e esperar o resultado. A ideia da Kodak de criar câmeras portáteis foi o primeiro passo para que, atualmente, as câmeras digitais sejam parte indispensável dos celulares.

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