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Jejum à base de água é efetivo para emagrecer? Veja explicação da ciência

Vá além do que as redes sociais te contam, alertas de um estudo recente mostram o risco dessa técnica

Agência Diário

Publicado em 14/06/2025 às 08:20

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Cuidado com o jejum à base de água / Freepik

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O jejum prolongado, amplamente divulgado como método eficaz para perder peso rapidamente, guarda descobertas científicas cruciais que vão além do esperado. Pesquisadores reforçam a indispensável necessidade de supervisão médica, um cuidado vital para todos, em particular para indivíduos com histórico de problemas cardíacos ou vasculares.

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Um estudo acompanhou 11 mulheres e 9 homens por 10 dias em jejum hídrico, observando redução de peso e cintura. Contudo, a pesquisa revelou uma série de efeitos colaterais. Dores de cabeça, insônia e quedas na pressão arterial foram sintomas comuns, desmistificando parte das crenças populares sobre a prática.

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Resultados inesperados

A maior surpresa veio ao confrontar a expectativa de que o jejum seria um aliado anti-inflamatório. "Nossa hipótese era que o jejum prolongado em água reduziria a inflamação corporal", declararam os cientistas, mas os resultados indicaram o oposto, gerando preocupação.

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Os participantes perderam em média 7,7% do peso corporal e 6% na circunferência da cintura, resultados esperados por muitos. No entanto, os pesquisadores se surpreenderam com as reações adversas. Esta revelação ressalta que o impacto no corpo vai muito além da simples perda de peso na balança.

O professor Luigi Fontana, do Charles Perkins Centre, explica que o jejum prolongado submete o corpo a um estresse significativo. Isso acarreta um aumento no número de proteínas pró-inflamatórias no sangue, um achado que contradiz a ideia de que o jejum serviria para combater a inflamação de forma eficaz.

Estes fatores inflamatórios geram riscos substanciais para a saúde, especialmente em pessoas já diagnosticadas com problemas cardíacos e vasculares. É crucial compreender que a prática do jejum prolongado pode intensificar condições preexistentes, exigindo uma análise médica prévia e contínua.

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Riscos do jejum

Outra observação notável dos cientistas foi a diminuição das proteínas beta-amiloides, associadas ao desenvolvimento do Alzheimer. Entretanto, os pesquisadores enfatizam a necessidade de mais estudos para investigar a real ligação, visto o pequeno número de participantes na pesquisa inicial.

Fontana e sua equipe, em matéria para a revista científica Molecular Metabolism, recomendaram enfaticamente acompanhamento médico durante qualquer tentativa de jejum prolongado. A busca por conhecimento é contínua. "Mais investigações são necessárias para elucidar as implicações moleculares e clínicas de longo prazo do jejum prolongado em diversas populações", concluíram.
 

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