O imenso polvo de 4 metros surpreendeu os cientistas / Imagem ilustrativa gerada por IA/DL
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Uma expedição científica realizada neste mês de dezembro trouxe à tona imagens raras de um dos habitantes mais misteriosos dos oceanos: o Haliphron atlanticus, popularmente conhecido como o polvo-de-sete-braços. O animal, um gigante de 4 metros de comprimento e cerca de 75 kg, foi registrado por um robô subaquático a quase 1.000 metros de profundidade, na chamada "zona crepuscular" do Pacífico, onde a luz do sol praticamente não chega.
Por que "sete braços"?: Apesar do nome curioso, este gigante na verdade possui oito braços, como qualquer polvo. O apelido vem de uma ilusão de ótica biológica: nos machos, o oitavo braço (usado para reprodução) fica enrolado em uma bolsa abaixo do olho direito, dando a impressão de que o animal sofreu uma amputação. As novas imagens, capturadas com alta resolução, permitiram aos biólogos observar esse detalhe anatômico com clareza inédita, além de confirmar que a espécie utiliza suas membranas gigantescas para "planar" na água e economizar energia.
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A dieta gelatinosa: O registro surpreendeu os pesquisadores ao flagrar o gigante se alimentando. Ao contrário de outros polvos que caçam peixes ou caranguejos no fundo, o gigante de sete braços tem uma dieta baseada em águas-vivas e outros organismos gelatinosos. As imagens mostram o animal segurando uma medusa com os tentáculos, usando as partes que queimam da presa como uma "arma" improvisada para se defender ou capturar outros alimentos — um comportamento de uso de ferramentas que denota uma inteligência surpreendente.
Onde eles vivem: Encontrar um Haliphron vivo é como ganhar na loteria biológica. Embora não sejam considerados extintos, eles vivem em abismos oceânicos (de 200 a 3.000 metros de profundidade) e raramente sobem à superfície. A maioria do que a ciência sabia sobre eles vinha de carcaças encontradas em estômagos de cachalotes. Este novo vídeo de dezembro de 2025 oferece a prova definitiva de como esses titãs se comportam em seu habitat natural, nadando livremente longe dos olhos humanos.
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