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O erro do padeiro que virou a sobremesa mais amada do Natal e deu vida ao panetone

Um descuido na cozinha de Milão pode ter dado início ao doce que conquistou o Brasil e segue rendendo versões cada vez mais ousadas no mundo todo.

Isabella Fernandes

Publicado em 21/12/2025 às 12:33

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De tão presente nas mesas brasileiras, muita gente até acha que o panetone nasceu por aqui / Freepik

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De tão presente nas mesas brasileiras, muita gente até acha que o panetone nasceu por aqui, mas o famoso pão natalino é 100% italiano e surgiu, segundo a lenda, graças a um erro culinário. A história remonta ao ano 900 e tem como protagonista Toni, um assistente de padeiro em Milão.

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Na correria da véspera de Natal, exausto após horas de trabalho, ele precisava assar mais uma fornada de pães e ainda preparar uma torta para o chefe. Foi aí que a confusão começou: Toni misturou as uvas-passas da torta na massa do pão.

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O nascimento do “pão do Toni”

Desesperado, ele tentou salvar a receita jogando frutas cristalizadas, manteiga, ovos e tudo mais que havia separado para a torta. O resultado acabou no forno e, para surpresa total, fez o maior sucesso na ceia do patrão.

Encantado, o chefe decidiu homenagear o ajudante batizando a criação de pane di Toni (“pão do Toni”). Com o tempo, o nome evoluiu até virar o irresistível panetone. Existem várias versões para essa história, mas todas têm um ponto em comum: Toni, o criador acidental da lenda.

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A chegada ao Brasil e o panetone das antigas

O panetone chegou às terras brasileiras com os imigrantes italianos após a Segunda Guerra Mundial. A Bauducco, por exemplo, conta que seu fundador, Carlo Bauducco, começou a vender o produto por aqui em 1948. Desde então, o pão doce caiu no gosto nacional e virou tradição obrigatória no Natal.

Lei protege a receita na Itália

Na Itália, o panetone tradicional é levado tão a sério que, desde 2005, existe uma lei especificando quais ingredientes e quantidades mínimas devem estar na massa para que ela seja considerada um verdadeiro panetone.

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Segundo empresas tradicionais como a Bauli, é obrigatório usar farinha, sal, açúcar, ovos, nata e frutas cristalizadas, que precisam representar pelo menos 20% da receita.

Pandoro, variações e as ousadias italianas

Outro astro natalino por lá é o pandoro, criado em Verona, uma versão semelhante ao panetone, porém sem frutas. Mesmo assim, o panetone segue reinando no paladar italiano.

E, apesar do tradicionalismo, a Itália também aderiu às versões criativas. Hoje já existem panetones com pistache, limoncello, chocolate, cerveja, vinho doce, e até os salgados com gorgonzola, açafrão, tartufo e o famoso polêmico “panetone pizza”, criado em Nápoles, feito com ricota doce e flocos cristalizados sobre massa de pizza.

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Artesanal x industrial

No Brasil, panetones artesanais já conquistaram seu espaço há anos. Muitas padarias criam suas próprias versões, mais frescas e personalizadas. Na Itália, apesar da tradição artesanal ser mais forte, os industriais ainda dominam o mercado.

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