O atum claro e o atum simples são duas das variedades oferecidas no mercado / Imagem: Domínio público
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A busca por uma alimentação saudável e livre de contaminantes é uma prioridade para muitos, e o atum em lata está no centro dessa discussão. A nutricionista Blanca García-Orea, conhecida como @blancanutri nas redes sociais, ofereceu um guia prático para auxiliar os consumidores a fazerem escolhas que minimizem a ingestão de mercúrio.
A especialista compartilhou em suas plataformas digitais quais são os tipos de atum que contêm a menor quantidade desse metal pesado e, quais são as variedades que, em contraste, acumulam uma carga mais elevada do contaminante.
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O conselho principal da nutricionista para reduzir a exposição ao mercúrio é simples e direto, focando na denominação do produto na embalagem. "Sempre escolhe as latas de atum cuja denominação seja 'atum' e não 'atum claro', é a espécie que menos metais pesados contém", garantiu a especialista.
A diferença na acumulação de metais pesados está intrinsecamente ligada ao tamanho e, consequentemente, à idade do peixe. Em sua análise no Instagram, Blanca García-Orea apontou que o atum rotulado como "atum claro" é proveniente de peixes que podem chegar a 200 quilos.
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Sendo peixes maiores, eles têm um ciclo de vida mais longo, o que permite maior tempo de acúmulo de mercúrio em seus tecidos, o que eleva o risco para a saúde humana.
Em contrapartida, o atum que está apenas como "atum" no rótulo é extraído de peixes de menor porte, com peso médio de cerca de 35 quilos. Esta variedade corresponde geralmente ao atum listado ou Pelamis, espécies que, por serem menores e mais jovens, naturalmente contêm níveis de mercúrio mais baixos.
Além de orientar sobre a escolha da espécie, a nutricionista também recomenda "O ideal é não consumir mais de uma ou duas latas de atum por semana e, sempre que possível, optar por conservas em embalagem de vidro, o que evita adicionar contaminantes metálicos do processo de enlatado".
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As orientações da nutricionista estão em consonância com dados científicos sobre a concentração de metais pesados em peixes. Um estudo publicado em 2003 na Environmental Science and Technology comparou o teor de mercúrio em atum branco e atum claro.
A pesquisa apontou que o atum branco continha uma média de 0,407 ppm de mercúrio, enquanto o atum claro registrava 0,118 ppm. A lógica do tamanho do peixe é confirmada.
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Autoridades sanitárias, como a European Food Safety Authority (EFSA), também alertam, em pesquisas mais recentes, sobre a exposição a metais pesados associada ao consumo de peixes grandes. A EFSA sugere que a ingestão desses alimentos seja limitada, especialmente entre crianças e gestantes.
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A ciência e a nutrição se unem para proteger a saúde do consumidor. A prevenção é a melhor abordagem contra a contaminação.
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Seguir as indicações de Blanca, que incluem a preferência por espécies menores, a escolha por embalagens de vidro e a manutenção de um consumo equilibrado, é essencial.
Dessa forma, os consumidores podem garantir os benefícios nutricionais do atum, um alimento rico em ômega-3, ao mesmo tempo em que minimizam o risco de exposição a metais pesados. A informação é o recurso mais importante para uma dieta segura e consciente no longo prazo.