Alimento simples e acessível ganha destaque entre especialistas por seus benefícios à saúde após os 50 anos / Freepik
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Buscar uma alimentação saudável não se resume a reduzir calorias ou seguir dietas da moda. Em meio a tantas recomendações nutricionais, rótulos complexos e metas diárias difíceis de acompanhar, montar um cardápio equilibrado pode virar um desafio, ainda mais para quem quer emagrecer sem comprometer a saúde.
Nesse contexto, alimentos que concentram diferentes nutrientes em uma única porção ganham espaço por facilitar escolhas e otimizar a rotina alimentar. E entre eles há um ingrediente simples, barato e muitas vezes injustamente evitado, que pode trazer ganhos importantes para o organismo, especialmente depois dos 50 anos: o ovo.
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Apesar da fama de vilão, principalmente por causa do colesterol, o ovo não representa um risco para o coração quando consumido com moderação.
De acordo com o endocrinologista David Ahn, em entrevista a revista Parade, evidências científicas mostram que ingerir cerca de um ovo por dia não aumenta a incidência de infarto, AVC ou doenças cardiovasculares, inclusive em pessoas acima dos 50 anos.
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Pelo contrário: pesquisas com determinadas populações, como asiáticos e asiático-americanos, indicam até uma associação com menor risco cardiovascular.
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Mesmo indivíduos com diabetes ou predisposição genética a alterações no colesterol podem, em geral, incluir um ovo diário na alimentação, desde que haja acompanhamento profissional. A recomendação, segundo o especialista, é sempre adaptar a dieta às necessidades individuais com orientação médica ou nutricional.
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O consumo de dois ou até três ovos por dia também não costuma ser um problema, desde que a alimentação como um todo seja equilibrada e pobre em gorduras saturadas. Um estudo publicado em 2025 na revista Proceedings of the Nutrition Society mostrou que a ingestão de dois ovos diários não elevou o colesterol LDL em pessoas cuja dieta mantinha baixo teor desse tipo de gordura.
O valor do ovo na alimentação vai além da praticidade. Um dos principais benefícios está no controle da glicemia. Rico em proteínas, com baixo teor de carboidratos e boas fontes de gordura, o alimento ajuda a prolongar a saciedade e a manter os níveis de açúcar no sangue mais estáveis ao longo do dia.
Esse equilíbrio é fundamental para quem convive com diabetes, já que picos frequentes de glicose podem provocar danos progressivos ao organismo.
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Mas mesmo para quem não tem a doença, manter a glicemia controlada contribui para reduzir inflamações, proteger os vasos sanguíneos e preservar a saúde cardiovascular. Além disso, níveis estáveis de açúcar no sangue ajudam a evitar quedas bruscas de energia e episódios de fome excessiva, favorecendo o controle do peso.
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Outro destaque está na saúde do cérebro. O ovo é uma das principais fontes de colina, nutriente essencial para a formação das células cerebrais e para a produção da acetilcolina, neurotransmissor ligado à memória e ao aprendizado.
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Estudos indicam que pessoas com ingestão adequada de colina tendem a apresentar melhor desempenho cognitivo com o passar dos anos, o que faz do ovo um aliado importante no envelhecimento saudável.
A visão também se beneficia. Além da colina, os ovos fornecem luteína e zeaxantina, compostos associados à proteção dos olhos e à redução do risco de degeneração macular, uma das principais causas de perda de visão em pessoas acima dos 60 anos.
Com tantos benefícios reunidos em um único alimento, o ovo se destaca como uma opção nutritiva, acessível e extremamente versátil. Veja na galeria algumas maneiras de incluir o ovo em sua dieta:
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