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Uma imensa e densa muralha de nuvens dominou o panorama onde as imagens capturaram uma nuvem Cumulonimbus em uma formação que parecia prestes a cobrir toda a cidade
A explicação para o surgimento do gigante aéreo reside na chegada de uma frente fria / Marcel Sachetti/Cedida
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Quem dirigiu o olhar para o céu sobre o interior paulista na manhã de segunda-feira (17) presenciou um fenômeno meteorológico de proporções épicas.
Uma imensa e densa muralha de nuvens dominou o panorama, com destaque para Presidente Prudente (SP), onde as imagens capturaram uma nuvem Cumulonimbus em uma formação que parecia prestes a cobrir toda a cidade.
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O climatologista Vagner Camarini esclareceu ao G1 que essa estrutura não era uma nuvem rolo comum, mas sim a manifestação da Cumulonimbus (Cb).
A explicação para o surgimento do gigante aéreo reside na chegada de uma frente fria, cujas interações e instabilidades na atmosfera criaram as condições ideais para o seu desenvolvimento.
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A Cumulonimbus é a rainha das intempéries. Camarini enfatizou que esse tipo de nuvem está "sempre associado com chuvas fortes, raios, granizo e até tornados". Embora o evento não tenha atingido os extremos mais perigosos para a região, a ameaça foi real.
A Defesa Civil agiu de forma preventiva, emitindo alertas de temporais devido ao risco inerente ao fenômeno. Esses avisos tiveram início no domingo (16) e foram mantidos até terça-feira (18), cobrindo amplas áreas, incluindo Sorocaba, Jundiaí, Bauru, Marília, São José do Rio Preto, Araçatuba e, é claro, Presidente Prudente.
O especialista explicou que a beleza e a espessura dessas nuvens são notáveis. Apesar de ser um evento comum, sua visualização em toda a sua glória não é rotineira.
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Muitas vezes, a Cb passa "despercebida, porque se forma rápido e logo se espalha". Além disso, o observador no solo nem sempre tem a perspectiva correta. "Esse visual é para quem a vê de frente".
Para finalizar, Camarini apontou uma curiosidade importante: a Cumulonimbus é considerada a nuvem mais perigosa para a aviação, apresentando sérios riscos de turbulência e outros perigos para aeronaves de pequeno e médio porte.