Pesquisa descreve atitudes que podem revelar arrogância oculta / Freepik
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Certas expressões de arrogância passam despercebidas no cotidiano. De acordo com um estudo da Cardiff University, pistas sutis podem indicar quando uma pessoa tenta proteger a própria imagem de superioridade, mesmo sem admitir esse movimento.
A pesquisa “Intellectual Arrogance: Individual, Group-Based, and Corporate” mostra que atitudes defensivas e expectativas diferenciadas ajudam a apontar esse traço psicológico.
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A autora, Alessandra Tanesini, observa que indivíduos arrogantes frequentemente agem como se regras comuns não se aplicassem a eles, mesmo quando negam qualquer sensação de superioridade.
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O estudo indica que pessoas dependentes de aprovação tendem a reagir mal a críticas. Nessas situações, a arrogância funciona como escudo emocional, acionado para resguardar a autoestima ameaçada por comparações sociais.
Esse padrão aparece em interações simples, nas quais a necessidade de “ter razão” domina a conversa. Isso inclui cortar falas, corrigir detalhes mínimos e exigir validação constante, mesmo sem justificativa.
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Tanesini define esse comportamento como soberbia, marcado por competitividade intensa e pela busca constante de ocupar uma posição superior nas relações.
A pesquisa aponta que a arrogância também pode surgir nos grupos dos quais fazemos parte. Aqui, ela aparece como forma de manter o status do coletivo diante de críticas externas percebidas como ameaças.
Nesses momentos, integrantes adotam postura rígida, recusando análises contrárias — ainda que fundamentadas — para preservar a identidade do grupo.
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Segundo Tanesini, esse processo cria um “muro psicológico”, no qual a arrogância funciona como estratégia para evitar que mudanças pareçam perda de prestígio.
O trabalho ainda mostra que instituições podem transmitir arrogância estrutural quando cultivam culturas internas pouco transparentes ou que dispensam explicações públicas.
Entre os sinais estão decisões arriscadas, resistência a prestar contas e ações que sugerem que a organização não precisa se submeter a controles externos.
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Para a pesquisadora, isso ocorre quando as próprias estruturas reforçam a ideia de que a instituição está acima das consequências, mesmo sem intenção explícita dos gestores.