Tratamento promete menos efeitos colaterais que a quimioterapia / Freepik
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Um tratamento experimental tem ganhado destaque entre especialistas por prometer eliminar tumores sem cirurgia, sem radiação e sem os efeitos agressivos da quimioterapia.
A técnica, chamada de histotripsia, utiliza apenas ondas de ultrassom direcionadas com precisão por meio da água, destruindo as células cancerosas sem afetar tecidos saudáveis.
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Desenvolvida ao longo de duas décadas, a abordagem é não invasiva e já começa a mostrar resultados positivos em pacientes. Por não depender de substâncias tóxicas, o método tende a causar menos efeitos colaterais e acelera a recuperação.
Um dos primeiros pacientes a receber o tratamento foi Chris Donaldson, de 48 anos, dos Estados Unidos. Ele descobriu um melanoma ocular em 2022 e, com a evolução da doença para o fígado, enfrentava um quadro de metástase.
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Como alternativa aos métodos tradicionais, os médicos optaram pela histotripsia. Em apenas dois meses, as sessões conseguiram destruir completamente as células cancerígenas, segundo a emissora americana KABC-TV. Desde então, o paciente apresenta boa recuperação e sem sinais de danos ao fígado.
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O funcionamento da técnica depende da água para conduzir os feixes sonoros até o tumor. Isso porque, no ar, as ondas se dispersam e perdem eficácia.
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Com a ajuda da água, o ultrassom consegue agir diretamente no local afetado, poupando os tecidos ao redor.
Além de não agredir outras partes do corpo, o procedimento pode ser repetido várias vezes, sem prejuízo ao órgão tratado, que, segundo os especialistas, se regenera completamente após cada aplicação. Fragmentos genéticos deixados pelo tumor destruído também podem estimular o sistema imunológico.
Já aprovado pela FDA, órgão regulador dos Estados Unidos, o tratamento é realizado em hospitais como o Providence Mission, referência nacional em histotripsia. Agora, a técnica passa por testes para avaliar sua eficácia em tumores de mama e tireoide.
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Apesar de ainda ser considerada experimental, a histotripsia é vista como um dos avanços mais promissores no combate ao câncer. Especialistas acreditam que ela pode reduzir a dependência de tratamentos agressivos e abrir caminho para uma nova era da oncologia.