O nome pode surpreender, mas sua origem e história ajudam a explicar essa nomenclatura tão incomum / Freepik/jcomp
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Mesmo presentes diariamente nas mesas brasileiras, muitos frutos ainda guardam curiosidades pouco conhecidas. É o caso da nêspera, fruta de cor amarelada e sabor adocicado que floresce no inverno. Embora amplamente consumida, o nome da árvore que dá origem a essa fruta ainda é um mistério para a maioria das pessoas.
Diferente de árvores como a macieira ou a laranjeira, cujo nome é facilmente associado ao fruto, a árvore da nêspera se chama Eriobotrya japonica. O nome pode surpreender, mas sua origem e história ajudam a explicar essa nomenclatura tão incomum.
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Apesar do nome japonês, a Eriobotrya japonica é nativa do sudeste da China. No entanto, foi no Japão que seu cultivo se popularizou e ganhou força ao longo dos séculos.
O fruto também chegou à Europa há mais de 3 mil anos, sendo valorizado por civilizações antigas como gregos e romanos.
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Na região da atual Alemanha, os romanos cultivaram uma outra versão da fruta, conhecida como Mespilus germanica.
Essa variedade europeia, embora já tenha sido comum, perdeu espaço para outras frutas e hoje é rara, podendo ainda ser encontrada em estado selvagem em algumas regiões.
Uma das curiosidades mais peculiares envolve justamente a forma de consumo da variedade europeia. Seus frutos não são agradáveis ao paladar logo após a colheita, sendo duros e ásperos.
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Para serem consumidos, precisam passar por um processo natural de amadurecimento, onde ficam com aparência deteriorada, mas tornam-se macios e doces.
Enquanto a Eriobotrya japonica segue presente nos pomares e nas feiras, a Mespilus germanica sobrevive como relíquia botânica, lembrança viva da alimentação nas antigas culturas mediterrâneas.