Nesta ilha, o dia não tem 24h, os relógios foram aposentados e o tempo não existe; VÍDEO

Imagine um lugar onde os relógios perderam a utilidade, onde ninguém se apressa e as rotinas não seguem horários fixos. Esse lugar existe — e fica no extremo norte da Noruega. A ilha de Sommarøy, cujo nome significa “ilha do verão”, ganhou fama como o único local do mundo onde o tempo, literalmente, deixou de importar.

Localizada no Círculo Polar Ártico, Sommarøy é conhecida por sua beleza natural impressionante, mas foi sua relação única com o tempo que chamou a atenção do mundo.

Lá, o relógio de 24 horas foi aposentado: muitos moradores penduraram seus relógios na ponte que leva à ilha, como símbolo de uma decisão coletiva — viver sem a tirania das horas.

Durante o verão, o Sol não se põe por 69 dias consecutivos, fenômeno conhecido como sol da meia-noite. No inverno, por outro lado, a ilha mergulha em mais de 70 dias de escuridão, o chamado inverno polar.

Conheça também a história da família, de 22 filhos, que vive em uma cidade onde o frio chega a -62°C.

Veja o vídeo:

Para lidar com essa dinâmica extrema, o governo local flexibilizou a rotina: lojas, escolas e atividades não precisam funcionar em horários fixos. Essa liberdade ficou conhecida como "espelho sem tempo", um conceito que valoriza o ritmo biológico e emocional das pessoas.

Às duas ou três da madrugada, é comum ver moradores jogando futebol, cortando grama ou jovens mergulhando no mar. No auge do inverno, de novembro a fevereiro, a paisagem é transformada pela aurora boreal, que dança no céu com suas luzes verdes e roxas, tornando Sommarøy conhecida como a ilha da aurora mais bonita do mundo.

Lá, não há pressa nem rigidez. Comer, dormir, trabalhar ou descansar dependem unicamente da vontade e das necessidades de cada um. Em vez de obedecer ao relógio, os moradores seguem seu próprio tempo — uma proposta que desafia o estilo de vida moderno e que desperta curiosidade e fascínio ao redor do mundo.

Sommarøy talvez seja mais do que uma ilha: é um convite para repensar a forma como vivemos. Você conseguiria viver em um lugar assim?