No centro de SP algumas lojas não querem que os clientes entrem só para usar o celular / Imagem gerada por IA/DL
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Lojistas do comércio popular no centro de São Paulo passaram a adotar, nos últimos dias, uma medida que gerou polêmica entre consumidores: cartazes nas portas das lojas informam que é proibido entrar falando ao celular ou usar o interior do estabelecimento apenas para falar ao telefone.
A regra não é uma determinação oficial da prefeitura ou do governo do Estado, mas uma decisão de parte dos comerciantes da região, que se tornou tema de reportagem em programas da TV Record.
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De acordo com a emissora, a prática tem sido adotada principalmente em lojas de rua da área central, onde é comum que pedestres, com medo de furtos, entrem rapidamente em comércios apenas para atender ligações ou mandar mensagens, por se sentirem mais seguros do que na calçada.
Os lojistas alegam que esse comportamento provoca aglomerações na porta e dentro dos estabelecimentos, atrapalha o fluxo de clientes reais e, em alguns casos, facilita a ação de criminosos que se aproveitam da distração de quem está com o aparelho na mão.
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As placas, em geral, trazem mensagens diretas, como “proibido entrar falando ao celular” ou “não entre só para usar o celular”. Comerciantes ouvidos na reportagem afirmam que a intenção não é afastar clientes, mas organizar o espaço interno e reduzir riscos, relatando episódios de confusão na porta das lojas e de pessoas que permaneciam longos minutos lá dentro apenas para usar o aparelho.
Especialistas ouvidos pelo telejornal lembram, porém, que atitudes assim podem ser vistas como antipáticas e acabar espantando parte da clientela, especialmente em um cenário de concorrência forte no varejo popular.
A repercussão do caso nas redes sociais da própria Record mostra que a medida dividiu opiniões. Em enquetes promovidas pelo programa, a maioria dos participantes declarou discordar da proibição, entendendo que o consumidor deve ter liberdade para usar o celular onde quiser, enquanto uma parcela menor apoiou os lojistas, argumentando que a segurança e a organização das lojas justificariam a restrição.
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Na prática, a medida segue restrita a alguns pontos do centro de São Paulo e ainda está distante de ser uma regra generalizada no comércio da região.