Seu encerramento ocorreu por conta de novas exigências de segurança / Pexels/Connor McManus
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Quando se fala em carros com longa trajetória no Brasil, muitos pensam automaticamente no Fusca. No entanto, o título de veículo com maior tempo de produção contínua no país pertence à Volkswagen Kombi.
Com impressionantes 56 anos ininterruptos de fabricação, ela se destacou não só por sua durabilidade, mas também por seu impacto na cultura e no cotidiano dos brasileiros.
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Produzida de forma contínua entre 1957 e 2013, a Kombi marcou gerações e se consolidou como símbolo da versatilidade e da mobilidade no país.
Seu encerramento ocorreu por conta de novas exigências de segurança, como a obrigatoriedade de airbags e freios ABS, que não puderam ser integrados ao antigo projeto.
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Apesar de manter sua identidade estrutural com a plataforma Tipo 2, a Kombi passou por diversas atualizações durante sua trajetória.
A motorização, que começou com o tradicional motor 1200cc a ar, foi substituída em 2006 por um motor 1.4 EA111 flex refrigerado a água. O design também foi sendo atualizado: em 1976, recebeu uma nova frente, e em 1997 ganhou porta corrediça e teto mais alto.
Embora o modelo já estivesse presente no Brasil desde 1953, foi em 2 de setembro de 1957 que teve início sua produção nacional com metade dos componentes fabricados no país. A fabricação seguiu até 18 de dezembro de 2013, sem interrupções.
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O Fusca, frequentemente lembrado como o carro mais icônico do Brasil, teve sua produção nacional iniciada apenas em 1959. Essa primeira fase durou até 1986. Em 1993, foi retomada com o chamado “Fusca Itamar”, que durou até 1996.
As pausas em sua produção impedem que ele dispute com a Kombi o título de maior tempo de fabricação contínua.
Outro nome lembrado é o Volkswagen Gol, que foi produzido por cerca de 43 anos. No entanto, por ter passado por mudanças significativas de plataforma, muitos consideram que ele teve sua identidade fragmentada ao longo do tempo, diferente da Kombi, que manteve sua essência original.
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A Kombi ultrapassou a função de utilitário. Foi transporte escolar, ambulância, carro de polícia, motorhome, loja móvel e o que mais a criatividade brasileira permitisse. Tornou-se essencial para famílias e pequenos empreendedores em todo o país.
Essa ligação emocional com o público ficou evidente em 2013, quando a Volkswagen promoveu a campanha “Os Últimos Desejos da Kombi”, relembrando sua importância e despertando a nostalgia de quem cresceu vendo ou usando o modelo.
Seu legado vai além da mecânica: a Kombi virou símbolo de uma época, de um estilo de vida e de um Brasil em movimento.
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