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A verdade sobre multivitamínicos: eles podem reduzir sua expectativa de vida

Uma pesquisa acompanhou a saúde de quase 400 mil adultos por mais de duas décadas, buscando entender o real impacto

Agência Diário

Publicado em 12/06/2025 às 12:14

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Boa alimentação é a chave para uma vida saudável / Foto: Reprodução/Freepik

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O mercado global de multivitamínicos movimenta fortunas, impulsionado pela ideia de que esses suplementos são essenciais para a saúde e para viver mais. No entanto, um estudo americano de grande escala publicou resultados que questionam severamente esses benefícios.

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A pesquisa, divulgada na Jama Network, acompanhou a saúde de quase 400 mil adultos por mais de duas décadas, buscando entender o real impacto dos multivitamínicos na mortalidade.

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O resultado surpreendente: nenhum benefício para a longevidade foi encontrado, e os usuários chegaram a apresentar uma mortalidade 4% maior nos primeiros anos, lançando dúvidas sobre a eficácia e segurança do uso rotineiro.

E como estamos falando sobre saúde, conheça um vírus pouco conhecido, que já matou e que avança pelo Brasil.

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O que a ciência diz?

O estudo foi realizado por pesquisadores do Instituto Nacional do Câncer dos EUA, analisando dados de pesquisas iniciadas nos anos 90 com 390.124 adultos. O objetivo era claro: verificar se tomar suplementos multivitamínicos reduzia o risco de morte por qualquer causa.

A conclusão foi enfática: não houve redução no risco de morte para os usuários. Pelo contrário, a análise mostrou um leve aumento na mortalidade geral. Segundo os autores, "o uso para melhorar a longevidade não é apoiado" pelas evidências encontradas na pesquisa.

Há riscos escondidos?

Sim, a pesquisa aponta que, além de não oferecerem os benefícios esperados para a longevidade, os multivitamínicos podem, em alguns casos, ser prejudiciais à saúde. Certos nutrientes em altas doses podem se tornar tóxicos para o corpo humano.

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Um exemplo notável é o ferro, que em excesso no organismo foi associado a um risco maior de desenvolver doenças sérias como diabetes e demência. Outro alerta é sobre suplementos de betacaroteno, que podem aumentar as chances de câncer de pulmão.

Quando eles são úteis?

É importante frisar que as vitaminas são essenciais para a vida e têm seu papel. O Dr. Neal Barnard, um dos coautores, explica que suplementos são válidos em situações muito específicas, como o uso de zinco para retardar a degeneração macular ou a vitamina C para prevenir o escorbuto em condições extremas.

Eles também são fundamentais para corrigir deficiências nutricionais diagnosticadas, como a necessidade de suplementar B12 para veganos ou vitamina D para quem tem pouca exposição solar. Fora desses casos, Barnard reforça que os suplementos não substituem uma dieta balanceada.

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A melhor vitamina vem do alimento

"Comam alimentos saudáveis", é a recomendação do dr. Barnard para quem busca saúde e longevidade. Frutas, verduras, grãos integrais e outros alimentos naturais são a melhor fonte de nutrientes, fibras e antioxidantes.

Esses alimentos oferecem uma combinação complexa de compostos benéficos, absorvidos de forma mais eficaz pelo corpo e sem os riscos de excesso de um único nutriente que podem ocorrer com suplementos. Barnard é direto: "Suplementos prometem demais e entregam de menos".

A chave para uma vida longa e saudável reside na qualidade da sua alimentação, focando em variedade e moderação. Confie mais no seu prato colorido do que no comprimido para obter os nutrientes necessários para o bem-estar.

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