SEGURANÇA
Ataque eletrônico invade o sistema do veículo e ignora alarmes; marcas como Toyota e Lexus estão entre as mais visadas
Criminosos se esepecializaram ainda mais no roubo de veículos, saiba como / Freepik
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Ladrões estão usando um dispositivo capaz de assumir o controle total do carro em menos de três minutos, e o pior: sem disparar o alarme e sem precisar da chave. Especialistas e autoridades alertam que motoristas não têm defesa contra o golpe mais moderno do crime automotivo.
Conhecido como CAN Invader, o aparelho acessa o sistema nervoso eletrônico do veículo e engana o computador interno, simulando comandos legítimos. O resultado? Carros desaparecem silenciosamente, como se tivessem sido entregues aos ladrões.
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A nova técnica não envolve chave falsa, sinal clonado ou força física. Em vez disso, os ladrões vão direto ao coração tecnológico do veículo: a rede CAN-Bus, responsável por controlar funções essenciais, do travamento das portas ao motor.
Em muitos modelos, criminosos conseguem acessar essa fiação removendo parte da proteção do para-lama ou perfurando discretamente uma área próxima ao farol. Em segundos, ligam uma pequena caixa na rede eletrônica e pronto: o carro passa a obedecer aos comandos deles.
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Assim, o sistema entende que os sinais são legítimos, como se viessem da chave do proprietário, e simplesmente abre as portas e libera a ignição. Resultado: o veículo é levado silenciosamente, sem vidro quebrado, sem alarme, sem vestígios.
Saiba também como desembaçar os vidros do carro sem usar ar-condicionado com este trique simples.
Entre os modelos mais visados estão veículos da Toyota e Lexus, especialmente SUVs modernas. Em países como Canadá, Austrália e Reino Unido, autoridades contabilizam um aumento expressivo de roubos usando o método e já classificam o sistema como uma das maiores ameaças tecnológicas ao setor automotivo recente.
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Especialistas criticam o acesso relativamente fácil aos pontos vulneráveis do sistema elétrico em alguns modelos. Isso permitiu que o CAN Invader se tornasse uma ferramenta eficiente, altamente lucrativa e relativamente simples de operar para criminosos.
Mas o problema não se limita a essas marcas. Montadoras globais correm contra o tempo para desenvolver atualizações e bloqueios digitais, enquanto consumidores aguardam uma solução definitiva e convivem com a sensação de vulnerabilidade.
Com alarmes e bloqueadores de sinal derrotados pelo novo método, especialistas e seguradoras recomendam um retorno irônico às origens: proteção mecânica. Travas de volante e de roda, símbolos da segurança automotiva dos anos 90, reaparecem como aliadas eficazes para desestimular ladrões.
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Além disso, estacionar em garagens fechadas, em áreas iluminadas e próximas a paredes que dificultem o acesso às laterais do carro pode ajudar. São medidas simples, mas hoje consideradas essenciais.
Enquanto soluções oficiais não chegam, motoristas vivem uma corrida contra o tempo, e contra ladrões que agora usam tecnologia avançada para agir com precisão, rapidez e silêncio. O alerta está dado: a segurança automotiva entrou em uma nova era, e a proteção pode depender tanto da tecnologia quanto do “bom e velho” cadeado de aço.