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Mortes por calor extremo dobrarão na América Latina nas próximas décadas, mostra estudo

O fenômeno não atinge apenas países com climas naturalmente quentes, mas também áreas que historicamente tinham temperaturas mais amenas

Agência Diário

Publicado em 20/10/2025 às 12:18

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Os novos dados preocupam a comunidade científica / Freepik

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O aumento das mortes por calor extremo na América Latina é um alerta crescente para governos e sociedades da região. Estudos recentes indicam que os episódios de calor intenso, cada vez mais frequentes, podem dobrar nas próximas décadas, afetando diretamente a saúde da população e desafiando sistemas de saúde pública.

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O fenômeno não atinge apenas países com climas naturalmente quentes, mas também áreas que historicamente tinham temperaturas mais amenas, tornando-se uma questão urgente de prevenção e adaptação.

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Além do impacto direto na mortalidade, o calor extremo influencia a produtividade, aumenta o risco de doenças cardiovasculares e respiratórias e provoca consequências socioeconômicas significativas.

Especialistas destacam que medidas preventivas, como políticas de urbanismo inteligente, expansão de áreas verdes e alerta precoce para ondas de calor, são essenciais para reduzir os efeitos negativos desse fenômeno que ameaça a região de maneira crescente.

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É importante lembrar que as ondas de calor já tomam 96% dos oceanos e duram mais de 500 dias, segundo cientistas.

O crescimento das ondas de calor e seus efeitos

As ondas de calor têm se tornado mais frequentes e intensas na América Latina, com registros que ultrapassam temperaturas históricas em diversas cidades. A população mais vulnerável, como idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas, é quem mais sofre com o aumento das mortes relacionadas ao calor extremo.

O impacto é ainda maior em áreas urbanas densamente povoadas, onde o efeito de “ilha de calor” amplifica a temperatura ambiente.

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Além do efeito direto na saúde humana, o calor intenso compromete o abastecimento de água, a produção de alimentos e aumenta a demanda energética.

Isso reforça a necessidade de políticas públicas que integrem saúde, planejamento urbano e mitigação climática, garantindo que comunidades inteiras consigam se adaptar a condições cada vez mais severas.

Inclusive, o calor extremo e temporais severos devem ser a nova realidade de São Paulo, segundo a APqc.

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Previsões alarmantes para as próximas décadas

Estudos recentes projetam que, se as tendências atuais de aquecimento global continuarem, o número de mortes por calor extremo na América Latina pode dobrar nas próximas décadas.

Países como Brasil, México, Argentina e Peru estarão entre os mais afetados, com consequências que se estenderão para além da saúde, afetando economia, infraestrutura e qualidade de vida.

Os cientistas ressaltam que a ação preventiva é crucial para reduzir essas projeções. A implementação de planos de alerta precoce, adaptação urbana e educação sobre cuidados com o calor são algumas das medidas que podem salvar milhares de vidas.

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A compreensão do risco e a preparação adequada se tornam, portanto, estratégias vitais para enfrentar esse desafio crescente.

Impacto social e vulnerabilidades regionais

O calor extremo não afeta todas as populações da mesma forma. Comunidades de baixa renda, que frequentemente residem em áreas sem cobertura vegetal ou com moradias precárias, enfrentam maior risco de doenças e mortalidade.

Além disso, regiões com acesso limitado a sistemas de saúde enfrentam desafios ainda maiores para lidar com emergências relacionadas ao calor.

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A desigualdade social agrava os efeitos do aquecimento, tornando a adaptação mais difícil e aumentando o impacto socioeconômico. Programas de conscientização, infraestrutura resiliente e políticas inclusivas são essenciais para proteger os grupos mais vulneráveis e reduzir o número de mortes evitáveis.

Medidas preventivas e caminhos para a adaptação

Para minimizar os riscos das ondas de calor, é fundamental investir em estratégias de adaptação. Entre as medidas estão a criação de áreas verdes urbanas, melhoria da eficiência energética de edifícios, programas de alerta e educação pública sobre hidratação e proteção contra o calor intenso.

Além disso, a integração entre políticas de saúde, planejamento urbano e mitigação climática é essencial para reduzir a mortalidade. A cooperação regional, o compartilhamento de dados e o planejamento estratégico podem transformar a resposta ao calor extremo, garantindo que as populações estejam preparadas e protegidas diante de um futuro cada vez mais quente.

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