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Mistério sobre construção de esculturas na Ilha de Páscoa parece estar quase no fim

Para chegar às novas conclusões e definições, a equipe analisou a pedreira onde muitos moai ficaram inacabados

Agência Diário

Publicado em 30/11/2025 às 21:27

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Pesquisa traz novas pistas sobre construções da Ilha de Páscoa a partir de pedreira em 3D / Modelo 3D; PLOS ONE / Lipo et al. (2025)

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A Ilha de Páscoa, ou Rapa Nui, é conhecida no mundo inteiro por suas enormes esculturas de pedra que encaram o Pacífico e despertam curiosidade há décadas.

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Agora, finalmente o mistério sobre quem e como se construiu essas estruturas parece ter chegado ao fim. 

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Segundo um estudo publicado na revista PLOS One nesta quarta-feira (26), as obras não eram responsabilidade de um único grupo que comandava toda a ilha, como se imaginava. 

Em vez disso, diferentes clãs da comunidade teriam organizado a produção dos moai em períodos variados.

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Moais da Ilha de Páscoa seguem intrigando pesquisadores com novos achados arqueológicos / Thomas Griggs/Unsplash
Moais da Ilha de Páscoa seguem intrigando pesquisadores com novos achados arqueológicos / Thomas Griggs/Unsplash
Estátuas da Ilha de Páscoa revelam mais pistas sobre a antiga civilização Rapa Nui / Sam Power/Unsplash
Estátuas da Ilha de Páscoa revelam mais pistas sobre a antiga civilização Rapa Nui / Sam Power/Unsplash
Ilha de Páscoa reforça medidas para proteger seus icônicos moais da erosão / Stephanie Morcinek/Unsplash
Ilha de Páscoa reforça medidas para proteger seus icônicos moais da erosão / Stephanie Morcinek/Unsplash
Novos estudos apontam funções cerimoniais para as estátuas monumentais da Ilha de Páscoa / Hal Cooks/Unsplash
Novos estudos apontam funções cerimoniais para as estátuas monumentais da Ilha de Páscoa / Hal Cooks/Unsplash
Moais atraem turistas e impulsionam pesquisas sobre a cultura ancestral da região / Antonio Sánchez/Unsplash
Moais atraem turistas e impulsionam pesquisas sobre a cultura ancestral da região / Antonio Sánchez/Unsplash

Análise em 3D

Para chegar às novas conclusões, a equipe analisou a pedreira onde muitos moai ficaram inacabados. 

Os pesquisadores criaram o primeiro modelo 3D de alta resolução do local, usando mais de 11 mil imagens aéreas feitas por um drone – uma técnica chamada fotogrametria.

Diferentes comunidades

Os cientistas identificaram 30 pontos diferentes de extração na pedreira, o que indica que vários grupos trabalhavam de forma independente.

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As marcas deixadas no local também mostram que os moai eram transportados para fora da área em direções variadas, antes de seguirem para as plataformas onde seriam erguidos.

Essa diversidade de caminhos e métodos sugere que a produção das estátuas não era controlada por uma liderança central. Em vez disso, cada grupo parecia agir por conta própria.

Discussão na comunidade científica

Outros pesquisadores lembram que a ideia de que Rapa Nui funcionava por meio de vários clãs não é nova e já havia sido apontada por estudiosos no início do século passado. 

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O novo estudo, porém, retoma essa linha de pensamento ao sugerir que a produção dos moai pode ter sido descentralizada.

Especialistas que não participaram da pesquisa consideram a abordagem interessante e destacam que a hipótese de diferentes grupos familiares atuando na pedreira merece atenção. 

Ainda assim, alguns apontam que faltam dados mais robustos para sustentar totalmente essa interpretação.

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Por Vitoria Estrela

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