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Mistério de Natal: por que você nunca viu um Chester vivo até hoje?

Nem monstro, nem peru: entenda a seleção genética que criou a ave e o motivo real de ela viver escondida em granjas

Jeferson Marques

Publicado em 24/12/2025 às 14:49

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Por que ninguém nunca viu um Chester ou sequer uma foto dele? / Imagem ilustrativa criada por IA/Gemini

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Todo mês de dezembro, a pergunta se repete nas mesas brasileiras: afinal, o que é um Chester? É um peru? Um frango gigante? Uma mutação de laboratório que não tem cabeça? A falta de imagens do animal vivo alimenta lendas urbanas há mais de 40 anos, mas a explicação é puramente comercial.

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Diferente do Peru ou do Frango, Chester não é uma espécie animal. O nome é uma marca registrada da empresa Perdigão. O "bicho" em si é um frango convencional que, no final dos anos 70, começou a ser selecionado geneticamente para competir com o Peru da Sadia (líder na época).

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O segredo está no peito (literalmente)

O nome "Chester" vem da palavra inglesa chest (peito). Os biólogos da empresa foram cruzando, geração após geração, os frangos que tinham maior volume de carne no peito e nas coxas. O resultado, décadas depois, é uma "super ave" que tem cerca de 70% de sua carne concentrada nessas partes nobres, pesando o dobro de um frango de padaria.

Portanto, não há engenharia genética de ficção científica ou hormônios mágicos: é apenas seleção natural acelerada pelo homem, o mesmo processo que criou as diferentes raças de cachorros.

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Por que ele vive escondido?

Você nunca viu um Chester ciscando no quintal do vizinho por dois motivos: segredo industrial e segurança. A linhagem genética desses animais é um ativo valioso da empresa.

Os Chesters são criados em granjas exclusivas e controladas, com acesso restrito até para funcionários, garantindo que a "fórmula" do super frango não caia nas mãos da concorrência e que as aves não peguem doenças comuns. Mas, se você visse um, a decepção seria grande: ele se parece exatamente com uma galinha branca comum, só que muito maior e com muito mais peito.

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