Enya vive reclusa com seus gatos em sua mansão vitoriana que mais parece um castelo / Imagem gerada por IA
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A cantora irlandesa Enya (Eithne Pádraigín Ní Bhraonáin, 1961) é conhecida por sua voz etérea, suas composições de atmosfera mística e, sobretudo, por seu estilo de vida reservado. Enquanto artistas de sua geração buscaram os holofotes e as turnês mundiais, Enya seguiu o caminho oposto: escolheu viver reclusa em um castelo na Irlanda, cercada por gatos, silêncio e natureza. Sua decisão, que sempre intrigou fãs e jornalistas, revela uma filosofia de vida voltada à introspecção, à arte e à liberdade pessoal.
A artista comprou em 1997 uma mansão vitoriana em Killiney, nos arredores de Dublin, batizada por ela de “Manderley Castle”. A propriedade, cercada por muros altos e com vista para o mar da Irlanda, é o refúgio onde Enya compõe, grava e vive longe do barulho do mundo. Ela raramente dá entrevistas e não tem uma presença constante na mídia. As poucas vezes em que falou sobre sua vida deixaram claro que a reclusão não é um capricho, mas uma escolha consciente.
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Em entrevista ao jornal The Independent, Enya afirmou que sempre quis que sua música fosse o centro das atenções — e não sua imagem. “A música é o que vende. Não eu, nem o que represento. É assim que sempre quis que fosse”, disse a cantora, ao explicar por que evita o estrelato e prefere o anonimato do lar. Segundo ela, o isolamento é essencial para preservar a inspiração e evitar distrações que comprometam seu processo criativo. A artista também reconheceu que esse estilo de vida tornou seus relacionamentos afetivos mais difíceis, já que precisa de muito espaço e tempo sozinha para trabalhar.
A decisão de viver em um castelo fortificado também está ligada à segurança. Enya já foi alvo de perseguições e tentativas de invasão de sua residência por fãs obsessivos. Esses episódios reforçaram seu desejo de proteger a própria privacidade e estabelecer uma rotina de tranquilidade absoluta. A cantora, conhecida por ser extremamente reservada, relatou que a fama nunca a atraiu e que o sucesso veio como consequência natural do amor pela música, não como objetivo.
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O ambiente sereno do castelo combina com o estilo de suas canções, que evocam paz, espiritualidade e natureza. Rodeada por gatos, Enya encontra nos animais uma companhia silenciosa que reflete seu próprio modo de viver: discreto, contemplativo e autossuficiente. O isolamento, longe de ser solidão, é o espaço onde ela se sente mais livre para criar e permanecer fiel a si mesma.
Viver reclusa, portanto, não é fuga — é coerência. Sua casa, os gatos e o silêncio são extensões da arte que produz: sutis, impenetráveis e profundamente pessoais. Enya construiu não apenas uma carreira, mas um universo particular, onde o som e o silêncio coexistem em harmonia.
*Com informações do The Independent, Hello Magazine e Yahoo Entertainment
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