Há séculos, cozinhas mediterrâneas descobriram um método capaz de praticamente 'parar o tempo' / Freepik
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A maioria das pessoas pensa que não há mais o que fazer quando a salsinha começa a murchar depois de alguns dias na geladeira. No entanto, existe um método praticamente desconhecido no Brasil, mas extremamente eficaz, capaz de conservar a erva fresca por até um ano, mantendo a aparência e o aroma das recém-colhidas.
Já é sabido que não adianta colocar a salsinha em um copo com água, envolver em papel toalha ou guardar na gaveta de legumes: em pouco tempo, as folhas murcham, a cor desbota e a erva perde completamente sua vitalidade.
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Muitas donas de casa já tentaram recorrer ao congelamento, uma solução que funciona, mas apenas temporariamente.
O gelo altera a estrutura da planta, e, após o descongelamento, ela não volta ao aspecto fresco original. Já a secagem também não é uma alternativa ideal: o calor elimina o aroma natural e reduz o sabor característico da erva.
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Conservar salsinha por longos períodos é um desafio porque tanto o ar quanto a luz contribuem para sua deterioração.
Ainda assim, há séculos, cozinhas mediterrâneas descobriram um método capaz de praticamente “parar o tempo”, mantendo a erva viva, verde, perfumada e fresca mesmo depois de um ano, como se tivesse acabado de ser colhida no jardim.
E sobre o assunto desta reportagem, veja o apelo desta nutricionista: ela pede que nunca mais guardem panela com comida na geladeira'. Entenda por quê.
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A origem desse método especial remonta aos lares do sul da Europa, onde as donas de casa, muito antes da invenção da geladeira, já tinham descoberto como conservar os sabores do verão para o inverno.
O processo é simples, porém genial: as ervas eram preservadas em camadas, utilizando um material natural que as isolava do ar e impedia sua deterioração.
Com o passar do tempo, essa técnica quase caiu no esquecimento, embora não exija produtos químicos, conservantes ou equipamentos especiais, apenas paciência e um pouco de cuidado.
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O segredo do método está na capacidade de remover o excesso de umidade de forma natural, enquanto mantém intacta a estrutura da planta e seus óleos essenciais.
Assim, a salsinha não congela, não resseca e não escurece. Pelo contrário, mantém tudo aquilo que a torna indispensável na cozinha: o aroma fresco, a cor vibrante e o sabor intenso.
Quem experimenta esse truque dificilmente volta a usar congelamento ou secagem, pois percebe que existe uma solução muito mais natural e eficiente.
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Veja também que esta é a melhor maneira de armazenar o pão, e não será necessário sacos de papel, nem sacos plásticos.
O método consiste em picar a salsinha fresca e armazená-la em camadas intercaladas com sal marinho natural dentro de um pote de vidro limpo e seco. A primeira camada deve ser sempre de sal.
Em seguida, adiciona-se uma porção da salsinha picada, mais uma camada de sal, e assim sucessivamente até preencher o recipiente.
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Para finalizar, acrescenta-se mais uma camada de sal por cima, que funciona como barreira contra o ar. Depois disso, basta fechar bem o pote e guardá-lo em um local fresco e escuro, como a despensa.
O sal faz o trabalho pesado: impede naturalmente a proliferação de bactérias e fungos enquanto preserva a estrutura da planta. Quando o pote é aberto meses depois, a salsinha permanece verde, aromática e saborosa.
Ela fica levemente salgada, mas pode ser enxaguada rapidamente em água antes do uso.
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O método é não apenas extremamente eficiente, como também totalmente natural e não exige conservantes artificiais nem equipamentos especiais.
Assim, é possível manter “o sabor do verão” guardado por um ano inteiro, garantindo que sopas, ensopados e molhos tenham no inverno o mesmo aroma fresco de quando a erva é colhida diretamente do jardim.