Colesterol persistente: por que nem sempre os cuidados são suficientes / Freepik
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Ter uma alimentação equilibrada e praticar exercícios são pilares no controle da pressão e do colesterol, mas nem sempre isso é o bastante.
Em entrevista ao The Economist Times, o médico indiano Sudhir Kumar contou o caso de um paciente de 74 anos que ilustra bem essa dificuldade.
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Apesar de seguir orientações de saúde, o idoso apresenta níveis alterados de gordura no sangue, levantando a dúvida sobre a necessidade de tratamento medicamentoso.
Vale lembrar que recentemente uma dose única de uma injeção mostrou queda de até 69% no colesterol em seus testes iniciais.
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O paciente, de 74 anos, não tem diabetes, pressão alta nem histórico familiar de doenças cardíacas. Mesmo assim, há muito tempo adota um estilo de vida saudável.
Ele se exercita, mantém peso adequado, não consome álcool nem tabaco. Ainda assim, enfrenta colesterol alto de forma persistente há mais de dez anos.
Seus exames indicam colesterol total em 219 mg/dL, LDL de 159 mg/dL, triglicérides em 319 mg/dL e HDL em 32 mg/dL, valores que permanecem fora da meta ideal.
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De acordo com Kumar, cuidar da alimentação e se exercitar é essencial, mas nem sempre resolve sozinho. Nesses casos, surge a questão: insistir apenas nos hábitos ou introduzir medicamentos para reduzir os riscos ligados ao envelhecimento?
O especialista explica que, quando as taxas permanecem elevadas por muito tempo, geralmente restam duas alternativas: estatinas, usadas para reduzir o LDL, ou fenofibrato, indicado para altos níveis de triglicérides.
A decisão é tomada considerando idade, perfil de risco e possíveis efeitos colaterais. O remédio não substitui os cuidados, mas reforça quando eles não são suficientes.
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O relato provocou discussões. Alguns apontaram que, mesmo em pessoas saudáveis, pode existir resistência à insulina, recomendando medir a insulina em jejum.
Outros destacaram a necessidade de ajustes na alimentação, reduzindo carboidratos refinados e aumentando proteínas, boas gorduras e fontes de ômega-3.
Também houve quem sugerisse rever o tipo e a intensidade da atividade física praticada, levantando a hipótese de que a rotina poderia não ser a mais adequada.
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O colesterol alto favorece o entupimento das artérias por placas, um processo chamado aterosclerose, que pode causar infarto, AVC ou problemas circulatórios. Geralmente, os sinais só aparecem em estágios avançados.
Essa condição também se relaciona à pressão alta, já que vasos endurecidos exigem mais esforço do coração. A combinação dos dois fatores amplia significativamente o risco de complicações graves.
As recomendações incluem diminuir o consumo de gordura saturada, cortar gorduras trans, priorizar fontes de ômega-3 (como salmão e nozes), aumentar fibras solúveis (aveia, feijão, maçã) e considerar whey protein.
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Além disso, recomenda-se praticar 30 minutos de exercícios moderados cinco vezes por semana, parar de fumar, perder peso e apostar em pequenas trocas, como substituir refrigerante por água e usar mais as escadas.