O café tradicional feito em casa com pó fresco e sem aditivos ou açúcares / Imagem gerada por IA/Google Gemini
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Tomar café é um hábito diário para milhões de pessoas, mas segundo a médica Alexandra Fileva, especialista em nutrição e saúde, algumas versões dessa bebida popular podem trazer mais prejuízos do que benefícios. Em entrevista publicada pelo Magyar Hírlap, a profissional destacou que certos tipos de café, especialmente os industrializados, contêm substâncias químicas, açúcares e gorduras que podem afetar o metabolismo e até aumentar o risco de doenças crônicas.
Entre as variedades mais prejudiciais, a médica cita em primeiro lugar o chamado café “3 em 1”, aquele vendido em sachês prontos com mistura de café solúvel, açúcar e creme artificial. Embora prático, ele contém gorduras hidrogenadas, aditivos sintéticos e quantidades elevadas de açúcar, ingredientes que, com o consumo frequente, podem comprometer o fígado, elevar o colesterol e contribuir para o ganho de peso.
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Fileva explica que esse tipo de produto costuma ter pouco café de verdade e muito componente químico para realçar o sabor e a textura cremosa, o que o torna um dos mais danosos para quem busca um consumo equilibrado.
O segundo grupo apontado pela médica inclui bebidas populares em cafeterias, como latte, mocca e macchiato. Apesar de saborosos, esses cafés contêm grandes quantidades de leite integral, chantilly e xaropes açucarados, o que transforma o que deveria ser uma bebida energética leve em uma sobremesa líquida altamente calórica.
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Fileva alerta que, ao serem consumidas com frequência, essas versões aumentam a ingestão de gordura saturada e açúcar refinado, elevando os riscos de diabetes tipo 2, ganho de peso e distúrbios cardíacos.
Em terceiro lugar, a especialista chama atenção para o frappuccino — aquele café gelado, espesso e doce que faz sucesso principalmente no verão. Por trás da aparência refrescante, ele esconde espessantes artificiais, aromatizantes e corantes que, quando consumidos em excesso, podem causar irritações digestivas e sobrecarregar o fígado.
Além disso, muitos frappuccinos prontos ou de redes famosas contêm até quatro colheres de sopa de açúcar por copo, valor muito acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde para o consumo diário.
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Fileva também faz um alerta sobre os cafés instantâneos de baixa qualidade, que podem conter acrilamida, uma substância química formada durante o processo de torrefação de grãos e associada a riscos cancerígenos quando consumida em grandes quantidades. Ela ressalta que, embora o café em si possa ter benefícios, é importante escolher produtos de boa procedência e evitar versões muito processadas.
Segundo a médica, o ideal é optar por cafés puros, preparados na hora, sem misturas ou adoçantes artificiais. Versões filtradas, passadas ou em cápsulas simples tendem a preservar melhor os antioxidantes naturais do grão e não apresentam os riscos das misturas industrializadas.
Para quem gosta de cafés cremosos, a dica é substituir o leite integral por opções vegetais sem açúcar e evitar caldas doces. “Com pequenas mudanças, é possível continuar apreciando o café, mas de forma realmente saudável”, conclui Fileva.
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