Diário Mais
Muitos dizem até que você pode dobrar a vida útil do motor desligando essa função, pois ela só leva a reparos mais caros e desgaste desnecessário
Para quem não sabe o que é, a função desliga o motor quando o carro está estacionado / Imagem gerada pelo ImageFX
Continua depois da publicidade
Esta característica nos carros é completamente inútil, de acordo com o mecânico Alex Kasch: a função "start-stop". Muitos dizem até que você pode dobrar a vida útil do motor desligando essa função. “Isso me deixa louco”, disse Kasch em um vídeo que viralizou no TikTok e foi visto por milhares de pessoas.
Alex Kasch tem sua própria oficina e atualmente conta com mais de 430 mil seguidores no TikTok. Ele acredita que a função "start-stop" só leva a reparos mais caros e desgaste desnecessário. Ele afirma que o sistema pode consistir em até dez componentes extras que podem quebrar, e todos são caros de substituir.
Continua depois da publicidade
“O recurso de carro moderno mais inútil é o sistema 'start-stop'”, disse Kasch.
Veja também que os mecânicos apontam duas marcas que menos dão problemas. Saiba quais são.
Continua depois da publicidade
Para quem não sabe o que é, a função desliga o motor quando o carro está estacionado e foi introduzida no início dos anos 2000 para economizar combustível e reduzir as emissões.
O "start-stop" virou padrão em muitos carros modernos, mas ao mesmo tempo é uma das inovações mais controversas do mundo automotivo.
“A ideia é salvar o ambiente e reduzir o desgaste no motor. Mas, na realidade, você liga o carro talvez vinte vezes mais todos os dias”, disse Kasch.
Continua depois da publicidade
O mecânico acredita que a função só leva a reparos mais caros e desgaste desnecessário. “São como dez peças extras no carro que podem quebrar, e todas custam muito dinheiro para trocar”, afirma.
Testes e opiniões de especialistas mostraram que o recurso "start-stop" pode ter vantagens e desvantagens. Outro especialista em carros, Niek Schenk, explicou anteriormente que a função economiza combustível, mas traz, de fato, consequências para a saúde do motor.
Segundo ele, entre outras coisas, o principal rolamento do virabrequim é afetado porque o filme de óleo no motor desaparece por um curto período de tempo. Isso faz com que o motor se desgaste mais a cada nova partida.
Continua depois da publicidade
Ao mesmo tempo, vários estudos mostraram que os motores modernos podem lidar com centenas de milhares de ciclos de "start-stop" sem problemas.
Conheça também os cinco carros considerados como a 'mina de ouro dos mecânicos'.
Mais um que criticou a função "start-stop" foi o youtuber americano Scotty Kilmer, que tem seis milhões de seguidores e mais de 50 anos de experiência como mecânico. Ele reforça que é possível dobrar a vida útil do motor simplesmente desativando o recurso.
Continua depois da publicidade
“Essa é uma das invenções mais estúpidas que já fizeram”, diz Scotty Kilmer.
@accurateautoinc Modern Car Features That Make ZERO Sense #cars #automotive #mechanic #automobile #repairshop #cartok #carrepair #repair #mechanicsoftiktok #ford
original sound - AccurateAuto - AccurateAuto
Mas os mecânicos suecos são mais céticos. Marc Ribeiro, da Björkmans Bil, ri da afirmação e diz que ela não corresponde à realidade.
Continua depois da publicidade
“Nunca recebemos um motor com pane por causa do uso dessa função. De certa forma, entendo o raciocínio de Kilmer, mas não é tão simples assim. O que mais desgasta o motor é dar a partida quando ele está frio. Quando o carro já está quente e a lubrificação está em funcionamento, não é a mesma coisa.”
Ele, no entanto, aponta um detalhe que pode ser afetado: o motor de arranque.
“A única coisa que eu posso imaginar que se desgaste é o motor de arranque, porque essa função talvez não seja muito boa para o componente”, diz Ribeiro.
Continua depois da publicidade
Mesmo assim, muitos motoristas preferem desativar a função toda vez que entram no carro. Alguns até a desprogramaram completamente, o que é ilegal, já que pode comprometer a homologação do veículo, necessária para sua aprovação e circulação.
Alex Kasch, porém, é claro em sua opinião: “Os carros não precisavam disso antes, e ainda não precisam. Eu não sou fã.”