Porto de Santos é um dos 50 maiores do mundo / Divulgação/Porto de Santos
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O Vaticano, menor país do mundo, caberia 18 vezes dentro de um único porto brasileiro. Essa maravilha da engenharia e logística é responsável por um quarto de todo o comércio exterior do Brasil, conectando nosso país aos principais mercados globais.
Estamos falando do Porto de Santos, o maior complexo portuário da América Latina. Localizado no Estuário de Santos, essa infraestrutura impressiona não só pelo tamanho, mas pela sua capacidade de movimentação de cargas.
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Com 3,6 km² em terra e 4,17 km² de áreas navegáveis, o Porto de Santos tem mais de 13 km de áreas acostáveis. Sua capacidade de movimentação de contêineres o coloca como o 40º maior do mundo, processando 4,8 milhões de contêineres apenas em 2023.
Além de produtos manufaturados, o porto se destaca na exportação de commodities brasileiras. Açúcar, café e suco de laranja são alguns dos produtos que seguem para o mundo todo através dessas instalações.d
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Segundo a Agência Portuária, o complexo é responsável por 25% de todo o comércio exterior brasileiro. As projeções indicam movimentação de 185,7 milhões de toneladas em 2025, superando em 10 milhões o volume de 2024.
O porto não para de crescer. Com dragagens e novos terminais planejados, a infraestrutura se prepara para acompanhar o crescimento econômico do país. Essas expansões garantem que o Brasil continue competitivo no cenário comercial global.
O Porto de Santos iniciou suas atividades no início do século XVI, operando com estruturas rudimentares até o fim do século XIX, quando houve a concessão do Porto a investidores privados.
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A Companhia Docas de Santos (CDS), fundada em 1890 e detentora da concessão, construiu e inaugurou em 1892 os primeiros 260 metros de cais, criando assim o primeiro Porto Organizado do Brasil.
De lá para cá, o Porto de Santos conquistou um lugar de destaque na economia do país e tornou-se o maior porto da América Latina.
Para entender a trajetória de sucesso do Porto é importante iniciarmos essa história explicando a geografia local e as razões para a escolha de sua localização.
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Quando da chegada à Ilha de São Vicente da armada de Martim Afonso de Souza, comandante da primeira expedição colonizadora enviada ao Brasil, observou-se que a costa não seria o melhor local para o desenvolvimento do comércio marítimo.
O fundador da Vila de Santos, Brás Cubas, percebeu que, se o Porto fosse transferido para o interior do estuário, no Lagamar do Enguaguaçú, haveria maior proteção aos navios atracados contra intempéries e ataques de piratas.
Assim, o primeiro trecho do maior Porto do país se consolidou em um local conhecido como Valongo, região na qual ficavam dispostos os antigos atracadouros, constituídos por pontes de madeira conhecidas como trapiches.
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Com a expansão da produção açucareira no interior do Estado de São Paulo, criou-se, no final do século XVIII, o primeiro caminho pavimentado de transposição da Serra do Mar, facilitando o acesso até o porto. Batizado de Calçada do Lorena, foi utilizado também para as exportações de café em grãos, a partir de 1795.
Durante quase 70 anos foi o principal meio de ligação entre o Planalto e a Baixada, até que em 1859 o Barão de Mauá, junto com outros empresários, convenceu o governo imperial da importância da construção de uma estrada de ferro ligando São Paulo ao Porto de Santos.
O trecho de 800 metros de altitude e 8 quilômetros de extensão da serra do Mar era considerado impraticável mas, em pouco menos de oito anos, a Estrada de Ferro São Paulo Railway (ou Santos-Jundiaí) foi construída, sendo inaugurada em 1867. A produção passou a ser escoada em apenas quatro horas de viagem.
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Caso você queria continuar lendo a história do Porto de Santos, pode acessar o link da Autoridade Portuária.