Operada pela mineradora brasileira Vale, ela é um dos pilares da mineração nacional / Divulgação/Mineira Jr
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Localizada no sudeste do Pará, no coração da Floresta Nacional de Carajás, a Mina de Carajás é reconhecida como a maior mina de minério de ferro a céu aberto do mundo.
Operada pela mineradora brasileira Vale, ela é um dos pilares da mineração nacional e um exemplo de produção em larga escala com alto teor de pureza do minério extraído.
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Descoberta em 1967, a jazida foi inicialmente identificada por uma missão geológica conjunta entre Brasil e Estados Unidos. À época, foi considerada uma das maiores reservas de minério de ferro de alta qualidade já registradas.
A exploração comercial começou nos anos 1980, e desde então a mina se tornou um dos principais motores de exportação mineral do país.
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A área total da mina ultrapassa 7 mil hectares, o equivalente a dezenas de quilômetros quadrados. A operação em Carajás extrai um minério com alto teor de ferro, em média 66% de pureza, um diferencial importante no mercado global, já que boa parte da produção mundial tem qualidade inferior.
Hoje, a mina responde por uma parcela significativa da produção nacional de minério de ferro e ajuda a posicionar o Brasil como o segundo maior produtor mundial, atrás apenas da Austrália.
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A produção anual supera os 100 milhões de toneladas, que são escoadas por meio da Estrada de Ferro Carajás, uma das mais longas do país. O minério viaja cerca de 890 quilômetros até o porto de Ponta da Madeira, no Maranhão, de onde é exportado para diversos países, principalmente China.
A operação em Carajás é considerada referência mundial em mineração a céu aberto, tanto pela escala quanto pela eficiência logística. No entanto, ela também está no centro de debates sobre impacto ambiental.
Como está inserida dentro de uma unidade de conservação federal, sua exploração requer licenças ambientais rigorosas e medidas contínuas de monitoramento e compensação ecológica.
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A Vale, responsável pela mina, mantém programas de recuperação ambiental, reflorestamento e proteção da fauna local, em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Ainda assim, o desafio de equilibrar produção e preservação ambiental permanece constante.
A Mina de Carajás simboliza a força da mineração brasileira e, ao mesmo tempo, coloca em evidência as responsabilidades sociais e ambientais que acompanham projetos de grande porte em áreas sensíveis da Amazônia. Mesmo com os avanços tecnológicos e medidas de mitigação, o modelo de exploração mineral na região segue sob observação de ambientalistas e da sociedade civil.