O Bioparque oferece uma imersão nos principais biomas aquáticos do país / Divulgação/Governo do MS
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Em meio ao coração do Brasil, o Bioparque Pantanal se firmou como o maior aquário de água doce do mundo, reunindo cerca de 440 espécies em 33 tanques temáticos e mais de 5 milhões de litros de água.
Inaugurado oficialmente em 2022, o complexo localizado em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, já atraiu centenas de milhares de visitantes e se tornou referência internacional em conservação ambiental.
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Projetado pelo arquiteto Ruy Ohtake, o prédio de curvas orgânicas reproduz visualmente o movimento dos rios pantaneiros. Com paredes de vidro laminado de 31 centímetros capazes de suportar até 200 toneladas de água, o espaço impressiona tanto pela estética quanto pela engenharia.
O projeto levou mais de uma década para ser concluído devido a desafios técnicos, ambientais e revisões no planejamento inicial.
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O Bioparque oferece uma imersão nos principais biomas aquáticos do país, com destaque para a Floresta Alagada da Amazônia, onde raízes submersas de árvores dividem espaço com cardumes e o peixe-boi-da-Amazônia.
No tanque dedicado ao Cerrado, espécies como dourados e piraputangas nadam em águas cristalinas, simulando os rios de Bonito. Já o painel do rio São Francisco exibe correnteza constante, reproduzindo trechos reais do Velho Chico com surubins, pacamãs e cascudos.
Essas áreas são acompanhadas por micro-palestras de biólogos sobre pesca sustentável, ecologia de rios e os efeitos das mudanças climáticas, tornando o passeio uma verdadeira aula de educação ambiental.
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O subsolo do Bioparque abriga três laboratórios certificados, que funcionam como centros de pesquisa em reprodução em cativeiro e reintrodução de espécies em áreas degradadas.
Em 2024, foram registrados mais de 250 nascimentos de 49 espécies diferentes, incluindo eventos reprodutivos inéditos para a ciência.
O aquário também se destaca pela ciência cidadã. Em parceria com a Embrapa Pantanal e a Universidade de Queensland, sensores medem em tempo real a qualidade da água dos tanques. Os dados são exibidos em um aplicativo gratuito que transforma a visita em uma experiência interativa.
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A entrada no Bioparque é gratuita, mediante agendamento online. Para garantir acessibilidade, há sinalização em português, inglês e espanhol, além de piso tátil em todas as rampas. Desde 2024, 67 espécies de peixes contam com identificação em Libras, resultado de parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
A estrutura opera com energia gerada por uma usina solar própria, com capacidade de 1,8 MW, suficiente para abastecer mais de mil residências. O sistema de reúso de água atinge 97% de eficiência, feito inédito entre aquários da América Latina.
Entre janeiro e dezembro de 2024, mais de 375 mil pessoas de 120 países visitaram o local, movimentando R$ 120 milhões na economia da região. O turismo impulsionou o setor hoteleiro e resultou em novos voos para a capital sul-mato-grossense.
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Pacotes turísticos agora incluem também roteiros ecológicos em fazendas do Pantanal, aumentando o tempo de permanência dos visitantes internacionais.
Com o sucesso do Bioparque, o governo estadual avalia a expansão do complexo, incluindo um centro de reabilitação de quelônios e um tanque oceânico de 2 milhões de litros voltado para espécies estuarinas, sem perder o foco original em água doce.
O aquário já é símbolo da identidade regional e ferramenta de conservação, consolidando o Pantanal como referência mundial em turismo e sustentabilidade ambiental.
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