Quem viveu os anos 1980 e 90 no Brasil certamente se lembra do famoso raio amarelo da Zoomp. / Reprodução
Continua depois da publicidade
Quem viveu os anos 1980 e 90 no Brasil certamente se lembra do famoso raio amarelo da Zoomp. Muito mais do que uma marca de roupas, a Zoomp foi símbolo de atitude, ousadia e estilo urbano.
Fundada em 1974 por Renato Kherlakian, a grife nasceu com a proposta de valorizar o jeans brasileiro, em uma época que o mercado era dominado por marcas estrangeiras.
Continua depois da publicidade
Tudo começou de forma simples, com poucas máquinas de costura e muita vontade de inovar. Mas logo o público jovem se encantou com as modelagens diferentes e o estilo moderno das peças. Em pouco tempo, a Zoomp virou febre.
A consagração veio quando o famoso raio amarelo ultrapassou fronteiras. A marca chegou a ter lojas em 10 países, estrelou campanhas de impacto e desfiles que fizeram história.
Continua depois da publicidade
Nomes como Gisele Bündchen, ainda no início da carreira, e o fotógrafo Mario Testino ajudaram a consolidar a imagem da Zoomp como referência em jeans premium.
Mas como tantas histórias da moda, o brilho foi ofuscado com o tempo. Com a abertura do mercado a produtos importados e a chegada das grandes redes de varejo, a Zoomp começou a perder espaço.
As dificuldades para manter o crescimento vieram logo depois da expansão internacional.
Continua depois da publicidade
Em 2006, o controle da marca passou para uma nova holding, a HLDC, que assumiu dívidas milionárias na tentativa de recuperar a empresa.
Chegou-se a criar um grupo de moda com nomes como Alexandre Herchcovitch e Fause Haten, mas o projeto não durou. Em 2009, a Zoomp teve a falência decretada. A fábrica em Barueri foi fechada, e as lojas físicas desapareceram.
Anos depois, em 2016, uma nova tentativa de renascimento: a marca foi comprada em leilão pelo empresário Alberto Hiar, o "Turco Loco", dono da Cavalera. A promessa era de relançar a Zoomp com força total.
Continua depois da publicidade
Mas a compra foi contestada na Justiça e, mesmo com uma loja pop-up na Oscar Freire, a pandemia acabou enterrando os planos.
A marca ainda pode ser encontrada por aí, em marketplaces e outlets, mas a grife que um dia vestiu sonhos e atitudes hoje vive apenas na memória de quem acompanhou sua trajetória. O raio amarelo não desapareceu completamente, ele só não brilha mais como antes.