O Leite de Rosas sendo passado no rosto para limpeza de pele / Imagem gerada por IA
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Em 1929, no bairro de Laranjeiras, no Rio de Janeiro, o cearense Francisco Olympio de Oliveira teve uma ideia simples, mas que marcaria a história dos lares brasileiros. Com a ajuda de um amigo farmacêutico, criou um líquido leitoso feito à base de álcool e cânfora. Nascia ali o Leite de Rosas, registrado oficialmente no mesmo ano, e que logo ganharia espaço nas penteadeiras e armários de banheiro de todo o país.
No início, o produto era usado principalmente para limpeza da pele. Mas, com o tempo, ganhou novos usos: removedor de maquiagem, loção pós-barba, desodorante suave e assim por diante. Não havia quem não tivesse uma função especial para aquele frasco rosado.
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Essa versatilidade ajudou a transformar o Leite de Rosas em um verdadeiro curinga da higiene e beleza popular.
Parte do sucesso também veio da ousadia em se comunicar com o público. Ainda nos anos 30, a marca estampava revistas como Fon-Fon e O Cruzeiro, e trouxe a bailarina Maria Olenewa como a primeira garota-propaganda. Foi uma das pioneiras a usar anúncios coloridos e até imagens de mulheres de biquíni, algo considerado revolucionário para a época.
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Mais do que um produto de farmácia, o Leite de Rosas virou memória afetiva. O perfume característico, o frasco cor-de-rosa inconfundível e o hábito de passar o líquido na pele fazem parte das lembranças de infância de milhões de brasileiros. É aquele tipo de cuidado que avós e mães ensinavam, e que se perpetua como um gesto de carinho e tradição.
Perto de completar 100 anos, o Leite de Rosas segue firme, adaptando-se às mudanças de embalagem e produção, mas sem perder a essência que o transformou em ícone cultural. Ele não é apenas um cosmético: é um elo entre gerações, um símbolo de afeto e simplicidade que sobreviveu ao tempo.
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