Estação afeta circulação, favorece doenças e muda o comportamento do corpo / Freepik
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Quando o frio chega, o coração sente. O número de infartos cresce consideravelmente no inverno — no Brasil, as internações aumentam em cerca de 12% entre pessoas com fatores de risco, segundo o Observatório de Saúde Cardiovascular. Em outros países, a alta pode ser ainda maior, chegando a 30% nos meses mais gelados.
Esse aumento está diretamente ligado às mudanças que o corpo sofre para lidar com as temperaturas baixas. Além disso, o inverno também impacta comportamentos e a incidência de doenças respiratórias, formando uma combinação perigosa para o sistema cardiovascular.
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As baixas temperaturas provocam a contração dos vasos sanguíneos, o que reduz o espaço para o sangue circular. Isso torna o coração mais sobrecarregado e favorece a formação de coágulos — cenário perigoso para quem já tem alguma obstrução arterial.
“O frio dificulta a circulação e aumenta a pressão sobre o coração. Isso é ainda mais preocupante quando a pessoa tem histórico de hipertensão, diabetes ou colesterol alto”, afirma o cardiologista Leandro Costa em entrevista divulgada pelo UOL.
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Além disso, a tendência no inverno é praticar menos exercícios, beber menos água e ingerir mais alimentos gordurosos e álcool, o que agrava o risco de infarto.
Vale lembrar que as dores nas articulações também aumentam no inverno: veja o que realmente funciona para aliviar.
As infecções respiratórias típicas do inverno não afetam só os pulmões. Segundo a diretora do INC, Aurora Issa, doenças como gripe e resfriado aumentam a inflamação nos vasos, o que pode levar ao rompimento de placas de gordura nas artérias coronárias.
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“O trombo que se forma após essa ruptura pode impedir a passagem do sangue, causando um infarto. Isso é bastante comum entre os casos que atendemos no inverno”, relatou a especialista em entrevista a Agência Brasil.
A prevenção começa com a manutenção de um estilo de vida saudável: boa alimentação, atividade física regular, hidratação e controle de doenças crônicas. Parar de fumar também é fundamental para reduzir os riscos.
No frio, vale redobrar os cuidados: roupas quentes, cobertores, ambientes aquecidos e bebidas quentes ajudam o corpo a manter a temperatura estável. Para quem já tem fatores de risco, o acompanhamento médico e o uso correto de medicamentos são indispensáveis.
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Vale lembrar que pesquisadores já alertaram sobre o consumo 'inofensivo' de pasta de dente.