Diário Mais
Adega Peterlini, em Monte Alegre do Sul, conquista visitantes com produtos artesanais e uma tradição que mistura sabor e história
Um dos carros-chefes do local é o "queijo bêbado" / Reprodução/Adega Peterlini
Continua depois da publicidade
Imagine um queijo que passou por uma maratona de cachaça com jabuticaba, um banho de morango alcoólico ou um longo mergulho na borra de vinho tinto. Parece exagero? Pois é exatamente esse tipo de delícia que tem encantado os visitantes da charmosa Adega Peterlini, em Monte Alegre do Sul, interior de São Paulo.
Um dos carros-chefes do local é o "queijo bêbado", produto que, além de sabor marcante, traz na casca uma história digna de roteiro europeu. E tudo isso pode ser saboreado ali mesmo, no coração do Circuito das Águas Paulista.
Continua depois da publicidade
O queijo bêbado pode parecer uma invenção de um mestre queijeiro com sede, mas sua origem é centenária. A tradição começou em 1917, durante a Primeira Guerra Mundial
Quando o exército do Império Austro-Húngaro invadiu o nordeste da Itália, moradores da região de Treviso esconderam alimentos, inclusive queijos, em barris cheios de bagaço de uva, o resíduo da produção de vinho.
Continua depois da publicidade
Cidade do interior de SP surpreende com 38 alambiques para visitar e beber a vontade
Meses depois, quando a poeira da guerra baixou, os queijos estavam transformados: tinham casca roxa, textura diferente e um sabor profundamente novo. O experimento acidental acabou dando origem ao “formaggio ubriaco”, que em bom português virou o "queijo bêbado".
Na Adega Peterlini, essa técnica foi aprimorada com um toque bem brasileiro. Por lá, os queijos são marinados na cachaça com jabuticaba ou morango, ou então na borra do vinho tinto artesanal.
Continua depois da publicidade
Um queijo de personalidade forte, casca colorida e sabor que dança entre o doce, o ácido e o alcoólico, mas com equilíbrio e elegância.
A Adega Peterlini não é só um ponto turístico para os apaixonados por queijo. Localizada em uma das cidades mais acolhedoras do Circuito das Águas, ela oferece uma variedade de produtos artesanais, como vinhos, licores, compotas e cachaças, tudo feito com cuidado e aquele carinho típico do interior paulista.
Com atendimento familiar e clima de fazenda, o local se tornou parada obrigatória para quem visita a cidade. E claro, poucos resistem à tentação de levar pelo menos um pedacinho de queijo bêbado para casa.
Continua depois da publicidade