Novo teste caseiro promete cortar gastos e sofrimento de anos de espera no diagnóstico da endometriose / Freepik
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Uma nova abordagem para diagnosticar endometriose está em fase de protótipo, prometendo grande impacto na saúde feminina. Desenvolvido por pesquisadores da Universidade Estadual da Pensilvânia, um teste caseiro detecta a doença em até 10 minutos.
Este dispositivo, que opera de forma similar a um teste de gravidez, utiliza a detecção da proteína HMGB1, um biomarcador específico da condição. A rapidez na obtenção do resultado representa um salto significativo, visto que o diagnóstico atual pode levar de 7 a 10 anos, de acordo com a revista Newsweek.
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Usando sangue menstrual, a inovação não apenas agiliza o processo, mas também oferece um caminho para o tratamento precoce. Isso potencialmente diminui o sofrimento e os custos associados à condição crônica para milhões de mulheres.
Ainda sobre a endometriose, entenda os sintomas, as causas e como se prevenir.
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A técnica exclusiva, desenvolvida pela equipe do professor Dipanjan Pan, produz nanofolhas puras de borofeno usando apenas água. Isso substitui solventes tradicionais que poderiam interferir em aplicações biomédicas.
Neste material, os cientistas fixaram anticorpos que identificam a HMGB1. A sensibilidade do teste é superior aos métodos atuais. Ele detecta a proteína HMGB1 com até 500% mais sensibilidade do que os testes laboratoriais convencionais. Essa precisão permite identificar a doença mesmo em concentrações muito baixas da proteína no sangue.
A endometriose impõe um pesado fardo financeiro, com um custo anual médio de cerca de trinta mil dólares por mulher. "Esse enorme fardo financeiro pode ser reduzido se um teste preciso feito em casa estiver disponível", afirma o professor.
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A equipe busca agora financiamento e parcerias para avançar com estudos clínicos e ampliar a produção dos kits. O plano é tornar o teste acessível ao público geral, com custo reduzido e possibilidade de aplicação em casa.
Há uma visão para integrar a tecnologia a absorventes menstruais, promovendo um monitoramento discreto e contínuo.
“Com a nossa tecnologia, esperamos democratizar a saúde da mulher, fornecendo uma ferramenta essencial para rastrear o início ou a progressão desta doença, com a conveniência e a privacidade de casa.” disse o médico ao portal Newsweek.
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Além disso, o grupo pretende expandir o uso da técnica para identificar outros biomarcadores de doenças, como o HPV e o câncer do colo do útero, abrindo novas fronteiras.