Calor, seca, incêndios e destruição na Amazônia e Cerrado brasileiros / Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O Brasil vive uma das piores crises ambientais de sua história: a seca extrema e os incêndios florestais nos biomas Pantanal e Amazônia já impactam ecossistemas, comunidades e cidades pelo país, o que tem gerado grande preocupação nas autoridades.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e organizações ambientais mostram que, até o primeiro semestre de 2025, o Pantanal registrou pré-aquecimento recorde para incêndios e perda de vegetação. Já a Amazônia e o Cerrado também sofreram com perda hídrica e focos de calor elevados com início antecipado da temporada seca.
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No Pantanal, 65% da planície já foi atingida por chamas em 2025 — o maior índice desde 2020, quando mais de 600 mil hectares foram destruídos. Felizmente, graças a repressões intensas e à maior mobilização de combate ao fogo, essa área ainda estava concentrada em partes do bioma. Em comparação, o primeiro semestre de 2024 registrou níveis catastróficos de destruição.
Apesar disso, segundo o Instituto ClimaInfo e o Ecoa, áreas do Pantanal seguem sob estresse hídrico severo — com vegetação visivelmente ressecada nas imagens de satélite de julho. Já na Amazônia, o desmatamento segue acelerado: em maio de 2025, subiu 92% em relação ao ano anterior, agravando as condições de propagação de fogo e perda de biodiversidade.
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Animais morrem nesses incêndios, seja por queimaduras diretas ou pela inalaçção de fumaça, e espécies raras podem simplesmente desaparecer.
Além disso, essa mesma fumaça é capaz de viajar por quilômetros de distância e atingir comunidades ou cidades próximas, causando uma séria de problemas respiratórios, principalmente em crianças e adultos.
E se não tem água o suficiente, não há como atender a demanda da população, da indústria, da agricultura e da própria natureza. Dai o termo "colapso hídrico".
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O poder público já declarou estado de emergência ambiental nos estados afetados. As Forças Armadas, IBAMA e ONGs atuam em conjunto para combater incêndios e minimizar os danos.
Houve queda expressiva no número de focos em 2025 em relação a 2024 nos principais biomas brasileiros, com o Pantanal registrando redução de 97,8% na área queimada no semestre.