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Ilha de SP onde lancha sumiu é cercada por lendas e tem ecossistema único no Brasil

O local, que abriga a jararaca-ilhoa espécie criticamente ameaçada e considerada a mais venenosa do Brasil é tão restrito que apenas pesquisadores podem pisar em seu território

Agência Diário

Publicado em 02/09/2025 às 20:01

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Região abriga a jararaca-ilhoa, considerada a cobra mais peçonhenta do Brasil / Reprodução/Youtube

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No litoral sul de São Paulo, existe uma ilha que desperta medo e curiosidade. Conhecida como Ilha das Cobras, ela é cercada por lendas e histórias reais que misturam perigo, mistério e ciência.

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O local, que abriga a jararaca-ilhoa — espécie criticamente ameaçada e considerada a mais venenosa do Brasil — é tão restrito que apenas pesquisadores podem pisar em seu território.

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O desaparecimento recente de uma lancha próximo à região voltou a chamar atenção para esse pedaço de terra isolado e praticamente intocado, localizado entre as cidades de Peruíbe e Itanhaém.

Espécie de serpente dormideira também é encontrada Ilha da Queimada Grande. Foto: Otavio Marques
Espécie de serpente dormideira também é encontrada Ilha da Queimada Grande. Foto: Otavio Marques
Diferente de sua prima do continente, a jararaca da Queimada Grande é menor e tem cor amarelada. Foto: Otavio Marques
Diferente de sua prima do continente, a jararaca da Queimada Grande é menor e tem cor amarelada. Foto: Otavio Marques
Os atobás-pardos também fazem parte da paisagem da ilha. Foto: Otavio Marques
Os atobás-pardos também fazem parte da paisagem da ilha. Foto: Otavio Marques
Lenda diz que serpentes foram colocadas na ilha para "proteger" tesouro que foi escondido lá
Lenda diz que serpentes foram colocadas na ilha para "proteger" tesouro que foi escondido lá

Origem do nome e fama perigosa

A Ilha da Queimada Grande ganhou o apelido de Ilha das Cobras por abrigar uma das maiores densidades de serpentes do planeta. Ali vive a jararaca-ilhoa, espécie única que não existe em nenhum outro lugar do mundo.

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O nome “Queimada” surgiu porque pescadores tentavam afastar os animais colocando fogo na vegetação, uma prática hoje proibida. Apesar disso, o apelido reforçou a aura de mistério e perigo ao redor da ilha.

Isolada do continente, a ilha funciona como um laboratório natural. Pesquisadores investigam ali fenômenos de evolução e adaptação, enquanto buscam proteger a biodiversidade que corre risco de desaparecer.

Um laboratório natural de biodiversidade

Além das cobras, a região abriga aves como o atobá, insetos, lagartos e aranhas, formando um ecossistema único no Brasil. Cada espécie tem papel essencial na manutenção desse equilíbrio delicado.

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A jararaca-ilhoa, por exemplo, desenvolveu características próprias ao longo do tempo, tornando-se um dos principais objetos de estudo de cientistas ligados ao Instituto Butantan e universidades.

Segundo especialistas, a pesquisa nesse espaço ajuda a compreender como espécies isoladas evoluem e como podem contribuir para descobertas científicas, inclusive na produção de medicamentos.

Acesso restrito e cheio de riscos

Desembarcar na ilha não é simples. O costão rochoso torna a chegada perigosa e apenas profissionais autorizados pelo ICMBio, com licença do SISBio, podem realizar a travessia.

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Os pesquisadores usam roupas especiais e equipamentos de manejo, como pinças herpetológicas e tubos de contenção. Cada passo é calculado para evitar acidentes com as cobras, que estão espalhadas por toda a ilha.

Por esse motivo, o acesso de turistas é totalmente proibido. O objetivo é preservar tanto a fauna quanto os próprios visitantes, já que um encontro inesperado com a jararaca-ilhoa pode ser fatal.

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