A densidade mineral óssea foi medida por meio do exame DXA, um tipo avançado de raio X utilizado no diagnóstico de osteoporose. / Imagem: Dr. Yale Rosen Atlas
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A osteoporose é uma condição séria que torna os ossos frágeis e menos resistentes, aumentando o risco de fraturas em pessoas idosas. Essa doença é particularmente comum em mulheres, afetando uma em cada três com mais de 50 anos.
Pesquisadores da Universidade Flinders, na Austrália, trouxeram boas notícias ao descobrir que um hábito simples e reconfortante pode ajudar a proteger o esqueleto na velhice. Eles analisaram a relação entre o consumo de chá e café e a densidade mineral óssea (DMO).
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O estudo, publicado recentemente na revista Nutrients, sugere que desfrutar de uma xícara de chá por dia pode ser um pequeno, mas significativo, passo em direção a ossos mais fortes. A pesquisa observou 9.704 mulheres idosas.
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A osteoporose é caracterizada pela fragilidade óssea, o que pode favorecer a ocorrência de fraturas mesmo em situações de baixo impacto. Por isso, o diagnóstico precoce baseado na DMO é vital.
A pesquisa da Flinders University analisou mulheres com 65 anos ou mais que consumiam diariamente chá ou café, buscando entender como esses hábitos influenciam a DMO ao longo do tempo. Pesquisas anteriores não cobriram essa relação temporal.
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Para medir a densidade óssea de forma precisa, a equipe utilizou o exame DXA, um tipo específico de raio X, para avaliar o colo femoral e o quadril das participantes. Esses são pontos-chave na saúde esquelética.
A análise estatística aplicada levou em conta muitos fatores de risco, incluindo dados demográficos, o nível de atividades físicas praticadas, a presença de comorbidades e o uso de diferentes medicamentos.
Os resultados mostraram que o consumo de chá está associado diretamente a ossos mais fortes em mulheres na terceira idade. As consumidoras de chá tinham uma DMO no quadril ligeiramente maior.
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O professor Enwu Liu, coautor da investigação, destacou que o impacto positivo é relevante em nível populacional. Ele afirma que “Mesmo pequenas melhorias na densidade óssea podem se traduzir em menos fraturas em grandes grupos”.
O estudo também identificou que, além dos benefícios gerais para a DMO, o chá pode ser um fator positivo especificamente para pessoas que sofrem com a obesidade. Os achados indicam uma associação benéfica.
Ryan Liu, outro colaborador da pesquisa, sugere que o consumo moderado de chá representa uma maneira simples e acessível de promover a saúde óssea diariamente. É uma adição fácil ao estilo de vida.
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Ele reforça que, embora o cálcio e a vitamina D sejam pilares “fundamentais para a saúde óssea”, o conteúdo da xícara diária também tem um “papel importante" a desempenhar nesse processo.
Portanto, para as mulheres mais velhas, o ato de “desfrutar de uma xícara de chá diária pode ser mais do que um ritual reconfortante; pode ser um pequeno passo em direção a ossos mais fortes”, reflete Ryan Liu.
Em contraste, o consumo de café precisa de cautela, especialmente em grandes volumes. Enquanto a ingestão moderada parece segura e não apresenta prejuízos, o excesso está ligado a riscos.
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As análises indicam que consumir mais de cinco xícaras de café por dia tem uma relação direta com uma menor densidade mineral óssea em mulheres idosas. O alto consumo pode ser problemático.
A preocupação aumenta quando a participante também ingere álcool, pois o café apresentou um efeito pior na DMO entre aquelas que consumiam “muito álcool”, segundo os dados do estudo.
A coautora Enwu Liu recomenda que os excessos de café sejam evitados, sobretudo para mulheres que têm o hábito de consumir bebidas alcoólicas. O consumo elevado não é considerado ideal.
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Ryan Liu também explicou que estudos de laboratório mostram que a cafeína interfere na absorção de cálcio e no metabolismo ósseo. No entanto, esses efeitos são pequenos e podem ser mitigados, como pela adição de leite.
O estudo reforça que as escolhas de bebidas podem ter um impacto significativo na estrutura óssea ao longo dos anos, sendo o chá um aliado e o café em excesso, um fator de atenção.
Os pesquisadores utilizaram dados de quase 10 mil mulheres com 65 anos ou mais, pertencentes ao Estudo de Fraturas Osteoporóticas (SOF), para realizar esta importante investigação.
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A pesquisa publicada na Nutrients em uma quarta-feira (10) trouxe clareza sobre como hábitos comuns influenciam a saúde óssea de mulheres idosas. O chá está associado a ossos mais fortes.