História de filme: em 2017, um homem usou detector de metais ilegal para encontrar centenas de moedas romanas e só revelou o segredo em 2025. / Pexels
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O que parece uma trama de filme, envolvendo um detector de metais não autorizado e um segredo guardado por oito anos, aconteceu de fato na Alemanha.
Em 2017, um homem, hoje com 31 anos, descobriu artefatos datados com mais de 2 mil anos na vila de Borsum, no distrito de Hildesheim, noroeste do país. Contudo, ele só revelou sua descoberta às autoridades em abril deste ano, oito anos depois.
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Entre os objetos preciosos encontrados, estavam centenas de moedas de prata, uma moeda de ouro, um anel de ouro e diversas barras de prata.
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Especialistas sugerem que os artefatos datam do período entre o colapso da República romana e o início do Império. Saiba mais sobre essa época na galeria abaixo:
A confissão tardia motivou uma investigação arqueológica no local, elevando o total de moedas de prata encontradas para 450.
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A descoberta do homem, que possui enorme importância científica, ocorreu ilegalmente na Baixa Saxônica, região alemã onde é proibido usar detectores de metais para procurar tesouros sem autorização legal.
Entenda o que torna este achado o maior acervo de moedas supostamente romanas já registrado em território alemão.
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Na região alemã da Baixa Saxônica, as autoridades não permitem o uso de detectores de metais para a busca de tesouros sem que essas ferramentas estejam devidamente autorizadas.
O governo local adota essa precaução para garantir que, caso algo seja encontrado, a descoberta seja imediatamente relatada aos órgãos competentes. Detectores precisam de autorização para evitar que perturbem depósitos ou sítios arqueológicos.
Apesar da ilegalidade de sua ação, o Ministério Público de Hildesheim arquivou a investigação contra o indivíduo após ele revelar o tesouro.
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A decisão aconteceu devido à expiração do prazo de prescrição do caso. O homem até participou de um curso de detector de metais oferecido pelo governo local após a confissão.
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Autoridades do Escritório Estadual de Preservação de Monumentos da Baixa Saxônia foram até o local onde os artefatos foram desenterrados após o relato do homem.
Eles tinham dois objetivos claros: checar se o homem não havia perdido nenhum artefato e tentar descobrir o contexto do enterro dos tesouros, como quando e como foram depositados.
O governo realizou uma investigação arqueológica mais ampla na área em outubro deste ano. Os esforços resultaram no encontro de várias outras moedas, elevando o total de moedas de prata encontradas para 450.
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Sebastian Messal, arqueólogo e chefe do departamento regional que supervisiona o caso, ressalta a "enorme importância científica" da descoberta.
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A descoberta de 450 moedas de prata é um dos maiores acervos supostamente romanos já encontrados em território alemão. As moedas datam do período entre o colapso da República romana e o início do Império.
Embora os artefatos datem dessa época, os especialistas ainda buscam definir, com certeza, se os tesouros pertenciam de fato aos romanos ou às tribos germânicas da região.
Esses grupos coexistiram na época em que os objetos foram enterrados. Consequentemente, novas pesquisas são necessárias para que os cientistas consigam estabelecer datas definitivas e desvendar como as peças foram parar no noroeste da Alemanha.
Para saber um pouco mais sobre as moedas da Roma Antiga, assista ao vídeo do canal Amaral Numismata: