Especialistas opinam qual é a quantidade ideal de banhos por semana para uma pessoa idosa / Reprodução/Freepik
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Especialistas em dermatologia e saúde pública alertam que tomar banho diariamente nem sempre é o mais saudável para pessoas idosas. Por isso, propõem rotinas adaptadas que priorizem a proteção da pele, sem descuidar do bem-estar físico e emocional.
O aumento da longevidade impõe novos desafios nos cuidados diários, especialmente no que diz respeito à higiene pessoal de pessoas com mais de 65 anos.
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A pele dos idosos passa por transformações significativas: a produção de sebo diminui, a barreira cutânea enfraquece e a vulnerabilidade a irritações e infecções aumenta.
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A limpeza excessiva, especialmente com sabonetes agressivos ou água muito quente, pode danificar a pele e eliminar bactérias benéficas, segundo dermatologistas.
Por esse motivo, os especialistas concordam que a higiene na terceira idade deve ser adaptada às novas necessidades fisiológicas, evitando rotinas automáticas que possam ser contraproducentes.
A recomendação geral entre os especialistas é tomar banho duas a três vezes por semana para a maioria dos idosos, salvo em casos de necessidade médica ou prática intensa de atividade física que justifique uma frequência maior.
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O banho diário não é essencial, exceto em casos de sudorese excessiva ou orientação médica específica. Além disso, a Harvard Health Publishing apoia a ideia de que banhos algumas vezes por semana são suficientes para manter a higiene e proteger a barreira natural da pele.
Apesar de não recomendarem banho todos os dias, nos dias em que não se realiza um banho completo, os especialistas destacam a importância de uma higiene localizada diária.
Lavar o rosto, as mãos, a região genital e anal deve ser um hábito essencial, junto com o cuidado bucal — incluindo a língua e o palato — e a limpeza das unhas para prevenir infecções.
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Essas práticas, além de preservar a saúde física, contribuem para o bem-estar emocional e a autoestima das pessoas idosas.
A rotina de banho deve ser adaptada às características individuais. Fatores como nível de atividade física, clima, estado de saúde e grau de autonomia influenciam na frequência ideal.
Em climas quentes ou em caso de vida ativa, pode ser necessário aumentar a frequência. Em casos de mobilidade reduzida ou doenças de pele, a consulta com um dermatologista é fundamental para personalizar a rotina.
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Para proteger a pele madura, os especialistas recomendam banhos curtos, de 3 a 5 minutos, com água morna e produtos suaves, sem álcool, perfumes ou tensoativos agressivos.
A secagem deve ser feita com toques suaves, evitando esfregar, e a hidratação imediata após o banho ajuda a manter a elasticidade e prevenir rachaduras.
O uso de esponjas abrasivas não é recomendado; é preferível usar as mãos ou panos macios. Nos dias sem banho completo, uma toalha ou esponja umedecida com água morna pode manter a sensação de frescor em áreas sensíveis ou com sudorese regular.
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Organizações como a Helping Hands Home Care indicam que um ou dois banhos semanais podem ser suficientes para prevenir problemas de pele ou infecções, desde que sejam complementados com lavagens parciais das regiões íntimas e dos pés.
A chave está em encontrar um equilíbrio entre higiene, proteção da pele e bem-estar emocional, adaptando as rotinas às condições particulares de cada pessoa e evitando a automatização de hábitos que, com a idade, podem deixar de ser benéficos.
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