Objetos afetivos podem ocupar espaço, mas também contam histórias especialistas explicam como decidir o que guardar, transformar ou desapegar com leveza / cottonbro studio/Pexels
Continua depois da publicidade
A temporada de faxina completa de fim de ano chegou e, com ela, aquele olhar crítico para armários lotados e gavetas da bagunça. Mas, se você está planejando organizar a casa, é bem provável que encontre alguns itens sentimentais que não cabem mais no espaço… mas dos quais você ainda não que se desfazer.
Pode ser um presente de um amigo querido que você quase não usa, ou lembranças herdadas de alguém especial. Especialistas em organização dos Estados Unidos revelam o que fazer com esses objetos depois da faxina (e como decidir se algo realmente vale a pena ser guardado).
Continua depois da publicidade
Escolher o que descartar durante a limpeza parece simples: utensílios de cozinha sem uso há anos podem ser doados ou jogados fora, assim como roupas que já passaram do ponto. Mas, quando se trata de objetos sentimentais, é muito mais fácil cair no hábito de mantê-los.
Isso é ainda mais difícil quando envolvem heranças de familiares, lembranças da infância ou itens que remetem a momentos marcantes da vida. Porém, mesmo com pouco espaço, ainda existe um caminho para se desapegar de alguns desses itens.
Continua depois da publicidade
“Tente ficar apenas com o melhor do melhor”, recomenda Jamie Hord, fundadora da Horderly Professional Organizing. “Se houver mais de uma coisa que você queira manter, contenha-se e limite-se a uma caixa de itens por pessoa.”
Se estiver organizando a casa com a família, dar uma caixa para cada um guardar seus itens sentimentais é uma boa forma de limitar o acúmulo e ainda tornar o armazenamento mais fácil. Mindy Godding, fundadora da Abundance Organizing e presidente da Associação Nacional de Produtividade e Profissionais de Organização (National Association of Productivity and Organizing Professionals), compartilha uma visão semelhante.
“Sou muito fã da prática de ‘shrining’, que consiste em escolher um ou dois itens especiais dentro de uma categoria maior para representar aquele período, pessoa, carreira ou evento da vida”, diz Godding. “Pode ser útil começar definindo um espaço para esse ‘santuário’ — uma prateleira ou um pequeno armário. Assim, é o espaço disponível que determina quanto pode ser mantido, e não o contrário. Depois, escolha seus itens favoritos, aqueles que despertam memórias.”
Continua depois da publicidade
E, em vez de focar no que precisa ir embora, tente mudar o ponto de vista. “A maioria das pessoas começa tentando decidir o que deve sair; recomendamos começar pelo positivo: ‘O que absolutamente precisa ficar?’”, diz Godding. “Depois que você prioriza e protege seus favoritos, fica muito mais fácil fotografar o restante e deixá-lo ir.”
Se você tem espaço sobrando em casa — como caixas vazias ou área sob a cama — existem opções para retirar esses objetos das áreas mais movimentadas. Mas se está destralhando justamente pela falta de espaço, pode ser mais difícil decidir onde guardar o que é indispensável.
Em alguns casos, é possível transformar um item decorativo em algo útil no dia a dia. “Redes sociais e plataformas como o Etsy — equivalente a Enjoei ou Elo7 no Brasil — podem ser ótimas para encontrar artesãos capazes de reinventar ou reciclar um item”, diz Godding. “Bons organizadores também colecionam essas ideias e podem sugerir formas de reaproveitamento.” Nada está fora de alcance para quem sabe como reciclar — nem mesmo móveis grandes.
Continua depois da publicidade
Veja também: Quase ninguém sabe: é recomendável instalar moinhos de vento no jardim da sua casa.
Mas, se chegou a hora de deixar algo ir embora, fotos podem ajudar a preservar a memória sem ocupar espaço. “Se o item for grande, considere tirar uma foto — às vezes, isso é suficiente para manter a lembrança”, diz Hord. “Se for algo que você realmente quer manter, normalmente dá para guardar em um espaço que não seja de ‘primeira linha’ na casa.”
É comum sentir emoções conflitantes — até culpa — ao doar, ou jogar fora um itens com histórias. Por isso, lembre-se: sua casa é sua, e você não é obrigado(a) a manter nada que não seja útil ou que não traga alegria.
Continua depois da publicidade
“Você paga pelo espaço em que vive, então não deixe que algo sem valor ocupe esse espaço”, diz Hord. “Vamos normalizar não guardar presentes que você não quer ou não precisa!”
Se sentir culpa, pode ajudar a entender de onde ela vem. “Geralmente, a culpa surge de um senso de responsabilidade — mantemos itens por obrigação, como se estivéssemos salvando algo por outra pessoa, mesmo que não tenha utilidade ou significado para nós”, explica Godding.
Retirar o que está ocupando muito espaço não precisa ser assustador ou um grande projeto. Comece pequeno, organizando apenas uma área da casa, ou coloque um cronômetro de 15 minutos e depois faça uma pausa. E, quando encontrar itens sentimentais, lembre-se: tudo bem guardar o que tem significado especial, assim como buscar formas criativas de integrá-los ao dia a dia.
Continua depois da publicidade