A trajetória de Mike começou em 1908, quando foi levado ainda filhote ao museu / Divulgação
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No início do século XX, o Museu Britânico, em Londres, não era guardado apenas por seguranças humanos. Entre 1909 e 1929, um gato chamado Mike fez história ao vigiar os portões da instituição e se tornar uma verdadeira atração para visitantes do mundo inteiro.
Sua presença foi tão marcante que até a revista Time publicou artigos sobre ele, e uma lápide foi erguida em sua homenagem.
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A trajetória de Mike começou em 1908, quando foi levado ainda filhote ao museu pelo gato Black Jack, que atuava como caçador de pombos no local.
Sob a tutela do veterano, o pequeno aprendiz aprendeu a encurralar aves e entregá-las ao zelador, que as libertava em troca de comida e leite. Assim, o felino deu início a uma rotina que o acompanharia por duas décadas.
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Ao longo de sua vida no museu, Mike ganhou fama por seu comportamento peculiar: evitava mulheres, não tolerava cães e só aceitava alimento de pessoas que, segundo relatos, o tratassem como igual.
Sua personalidade independente e marcante chamou atenção de acadêmicos, turistas e curiosos que circulavam pelos portões do museu, tornando-o uma espécie de celebridade local.
A notoriedade foi tamanha que, em 1927, jornais já destacavam a maneira como Mike observava, com aparente indiferença, pessoas de diferentes nacionalidades e estilos, dos monges de túnicas pretas a jovens estudantes em uniformes.
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Essa atitude filosófica, quase aristocrática, reforçou sua imagem de guardião excêntrico do espaço cultural.
Mike aposentou-se oficialmente em 1924, mas continuou presente no dia a dia do museu, especialmente atento a espantar cães de rua que se aproximavam.
Quando morreu em janeiro de 1929, o guardião de Antiguidades Egípcias do museu, EA Wallis Budge, escreveu um obituário que mais tarde se transformaria em uma monografia sobre a vida do gato.
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"Mike, o gato que ajudou a guardar o portão principal do Museu Britânico de fevereiro de 1909 a janeiro de 1929"
A despedida de Mike não passou despercebida. Além dos textos publicados em jornais e revistas, uma lápide foi instalada próximo à entrada da Great Russell Street. A inscrição resumiu em poucas palavras o legado do felino:
“Ele ajudou a manter o portão principal do Museu Britânico de fevereiro de 1909 a janeiro de 1929”.
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