O Cemitério da Consolação, em SP, recebe turistas todos os dias do ano / Youtube/Almeidas Indicam
Continua depois da publicidade
O Dia de Finados, tradicionalmente marcado pela saudade e pelo silêncio, também é um convite para conhecer histórias escondidas entre túmulos, esculturas e lápides centenárias. Em várias cidades do Brasil, cemitérios se transformaram em verdadeiros patrimônios culturais e turísticos, atraindo visitantes curiosos, historiadores e até artistas.
Em São Paulo, o Cemitério da Consolação é um dos exemplos mais conhecidos. Fundado em 1858, o local abriga verdadeiras obras de arte — esculturas de artistas como Victor Brecheret e Luigi Brizzolara — e túmulos de personalidades como Mário de Andrade, Tarsila do Amaral e Monteiro Lobato. O espaço oferece visitas guiadas que revelam detalhes da arquitetura e das histórias que moldaram a capital paulista.
Continua depois da publicidade
No Rio de Janeiro, o Cemitério São João Batista, em Botafogo, é considerado o “Père-Lachaise brasileiro”. É lá que descansam nomes como Tom Jobim, Cazuza, Carmen Miranda e Oscar Niemeyer. A beleza das alamedas arborizadas e das estátuas monumentais faz do local um passeio que mistura memória, arte e emoção.
Em Salvador, o Cemitério do Campo Santo também virou atração. Inaugurado em 1840, o espaço reúne capelas ornamentadas e jazigos de famílias tradicionais baianas, além de oferecer uma das vistas mais bonitas da Baía de Todos os Santos.
Continua depois da publicidade
Outros cemitérios brasileiros seguem o mesmo caminho, como o Cemitério do Bonfim, em Belo Horizonte, conhecido por seus vitrais e esculturas, e o São José, em Recife, onde a arquitetura neogótica encanta quem passa.
Com o avanço do turismo histórico e do chamado “necroturismo”, visitar cemitérios deixou de ser um tabu e passou a ser uma forma de valorizar a memória e o patrimônio artístico. Em muitas cidades, roteiros especiais são preparados justamente para o Dia de Finados, unindo curiosidade, respeito e cultura.
*Fontes consultadas: Prefeitura de São Paulo, Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)
Continua depois da publicidade