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Fim das tomadas? Um modelo mais compacto começa a surgir em edifícios novos

Esse novo formato vem sendo promovido como a futura identidade elétrica do país, embora a sua adoção aconteça a passos curtos

Fábio Rocha

Publicado em 19/11/2025 às 17:02

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O novo padrão é mais compacto, mais seguro e compatível com plugues europeus de dois pinos / Imagem gerada por IA/ImageFX

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Nos últimos anos, a África do Sul passou a conviver com dois mundos elétricos dentro de uma mesma parede: o antigo padrão de tomada de três pinos largos, conhecido há décadas pelos moradores, e um modelo mais compacto que começa a aparecer discretamente em edifícios recém-construídos.

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Esse novo formato, o chamado padrão ZA, vem sendo promovido como a futura identidade elétrica do país, embora a sua adoção aconteça a passos curtos.

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A mudança não surgiu de um dia para o outro. Ela se conecta a um esforço internacional iniciado ainda nos anos 1980, quando técnicos de vários países tentaram criar um plugue universal para sistemas de 250 volts.

A iniciativa acabou não se tornando global, mas a África do Sul decidiu levar a ideia adiante e incorporá-la ao seu próprio sistema elétrico.

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Desde então, o país vem costurando uma transição que mistura regulamentação, adaptação do mercado e uma boa dose de paciência.

A África do Sul está vivendo uma transição gradual entre o antigo padrão de tomada e o novo padrão ZA (imagens geradas por IA) / Imagens geradas por IA/ImageFX
A África do Sul está vivendo uma transição gradual entre o antigo padrão de tomada e o novo padrão ZA (imagens geradas por IA) / Imagens geradas por IA/ImageFX
O padrão ZA foi inspirado em um projeto internacional dos anos 1980, que pretendia criar um plugue universal para sistemas de 250V
O padrão ZA foi inspirado em um projeto internacional dos anos 1980, que pretendia criar um plugue universal para sistemas de 250V
Mesmo após o fracasso da adoção global, a África do Sul decidiu seguir com o novo modelo
Mesmo após o fracasso da adoção global, a África do Sul decidiu seguir com o novo modelo
O padrão ZA se tornou obrigatório apenas em novas construções a partir de 2020
O padrão ZA se tornou obrigatório apenas em novas construções a partir de 2020
Edifícios antigos não são obrigados a trocar suas tomadas e podem continuar usando o padrão tradicional
Edifícios antigos não são obrigados a trocar suas tomadas e podem continuar usando o padrão tradicional

O governo sul-africano incluiu o padrão ZA nas normas oficiais muito antes de exigir sua presença nas construções. Ele só passou a aparecer de maneira obrigatória em novos projetos a partir de 2020.

Mesmo assim, edifícios mais antigos continuam funcionando com o sistema tradicional, que não precisa ser substituído, e nem deve ser num futuro próximo. Varejistas, por sua vez, ainda oferecem adaptadores e componentes para ambos os padrões, o que permite que a convivência entre eles seja relativamente tranquila.

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Dica do editor: 

Por trás da decisão de manter o país nessa lenta migração há motivos práticos. O novo modelo é menor, facilita a instalação de várias tomadas lado a lado e se adapta melhor aos aparelhos modernos, especialmente aqueles que usam plugues de dois pinos europeus, hoje amplamente presentes em carregadores e eletrônicos portáteis.

Ele também reduz riscos ligados ao uso exagerado de extensões, um problema comum em residências sul-africanas, e traz melhorias de segurança graças ao design dos pinos.

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Apesar disso, o padrão tradicional continua presente em muitos eletrodomésticos robustos. Geladeiras, fogões, fornos e micro-ondas ainda saem de fábrica com o plugue antigo, enquanto produtos menores como ferramentas, acessórios de beleza e dispositivos eletrônicos, já começam a migrar para o ZA.

Órgãos como o SABS e o NRCS atuam mais no papel de coordenação e fiscalização normativa do que de imposição forçada.

A estratégia adotada por eles é permitir que o próprio mercado absorva o novo padrão no seu ritmo, ao contrário do que ocorreu com lâmpadas incandescentes e fluorescentes, cuja retirada exigiu cronogramas rígidos.

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No caso das tomadas, não existe urgência ambiental ou pressão internacional capaz de justificar uma mudança brusca.

O resultado disso é um cenário de transição civilizada, quase imperceptível para o consumidor comum, mas que tende a remodelar lentamente o ambiente elétrico do país.

Em vez de substituir o passado de uma vez, a África do Sul parece ter escolhido conviver com ele enquanto constrói, pouco a pouco, a infraestrutura que pretende usar no futuro.

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Principais pontos:

  • A África do Sul está vivendo uma transição gradual entre o antigo padrão de tomada e o novo padrão ZA.
  • O padrão ZA foi inspirado em um projeto internacional dos anos 1980, que pretendia criar um plugue universal para sistemas de 250V.
  • Mesmo após o fracasso da adoção global, a África do Sul decidiu seguir com o novo modelo.
  • O padrão ZA se tornou obrigatório apenas em novas construções a partir de 2020.
  • Edifícios antigos não são obrigados a trocar suas tomadas e podem continuar usando o padrão tradicional.
  • O mercado ainda oferece adaptadores e materiais para ambos os padrões, facilitando a convivência entre eles.
  • O novo padrão é mais compacto, mais seguro e compatível com plugues europeus de dois pinos.
  • Eletrodomésticos maiores continuam sendo vendidos com o plugue antigo, enquanto produtos menores já usam o plugue ZA.
  • Órgãos reguladores como SABS e NRCS coordenam a adoção, mas permitem que o mercado migre naturalmente.
  • Diferentemente das normas para lâmpadas, a mudança das tomadas não tem pressão ambiental ou internacional e por isso não ocorre de forma acelerada.
  • A transição acontece de maneira lenta e quase invisível para o consumidor, remodelando o sistema elétrico do país ao longo do tempo.

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