As aranhas tecem suas teias durante a noite e caminham por elas de dia, em cachos / Imagem gerada por IA
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São Thomé das Letras, em Minas Gerais, é conhecida por suas lendas, trilhas e paisagens místicas. Mas, em certos períodos do ano, a cidade vira palco de um espetáculo inusitado: a chamada “chuva de aranhas”. O fenômeno acontece quando milhares de aracnídeos da espécie Parawixia bistriata se movem em conjunto, tecendo enormes teias que se espalham pelo céu, criando a impressão de que os animais estão “caindo” do alto.
Para quem presencia pela primeira vez, a cena pode parecer saída de um filme de terror. Mas especialistas explicam que o fenômeno é natural e inofensivo. As aranhas não estão “caindo”, mas sim se movimentando em teias comunitárias suspensas, que podem alcançar até dez metros de altura. O resultado é um verdadeiro véu de fios brilhantes sobre estradas e árvores, que impressiona pela beleza e pelo caráter único.
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De acordo com pesquisadores, a espécie Parawixia bistriata tem comportamento social e aproveita os períodos de calor e umidade para se reproduzir e expandir territórios. Essa movimentação coletiva acaba formando os grandes tapetes de seda no ar, especialmente perceptíveis ao amanhecer ou entardecer, quando a luz reflete nos fios.
Se, por um lado, alguns turistas se assustam com a visão de milhares de aranhas no céu, por outro, muitos buscam a cidade justamente para presenciar o fenômeno. As imagens se tornam virais nas redes sociais, e São Thomé das Letras, já famosa pelo misticismo, ganha mais uma marca registrada: a chuva que não molha, mas arrepia.
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