A nostalgia ajudou a preservar um importante rio da região / Imagens gerada por IA
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Nos cenários do dia a dia, existem gestos capazes de transformar lugares esquecidos em espaços de esperança.
Foi exatamente isso que aconteceu com Diego Saldanha, um ex-vendedor que viu o riacho de sua infância, próximo ao Rio Atuba, em Colombo (PR), ser tomado pela poluição e pelo descarte de lixo. Movido pela lembrança dos tempos em que o rio era limpo e cheio de vida, ele decidiu agir.
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Em 2016, utilizando garrafas PET, redes e materiais recicláveis, deu início à sua primeira ecobarreira, um projeto simples, mas com grande propósito: recuperar o ambiente onde cresceu.
Com o passar do tempo, sua criação se aprimorou. A ecobarreira tornou-se um equipamento flutuante movido a energia solar, capaz de reter resíduos que descem pelo curso da água.
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Mais do que uma invenção, o trabalho de Diego é um exemplo de engajamento cidadão, mostrando que a transformação ambiental pode nascer da vontade de uma única pessoa.
Sua história prova que, com criatividade e persistência, é possível mudar a realidade de um lugar e inspirar outros a fazerem o mesmo.
Na infância, Diego costumava nadar e brincar no Rio Atuba, um lugar que representava liberdade e alegria. Com o passar dos anos, o cenário mudou drasticamente.
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O que antes era um rio limpo e cheio de peixes, tornou-se um canal de lixo e mau cheiro. Essa transformação o deixou inconformado e foi o ponto de partida para sua ação.
Ele sabia que não poderia assistir à degradação sem tentar fazer algo. Inspirado pelas lembranças e pela vontade de devolver ao rio sua beleza natural, decidiu colocar a mão na massa.
O que começou como um gesto individual logo se transformou em um projeto coletivo, despertando atenção e curiosidade na comunidade ao redor.
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Quando decidiu agir, Diego não tinha grandes recursos. Com garrafas plásticas, uma rede e outros materiais reaproveitados, criou sua primeira ecobarreira artesanal.
A estrutura era simples, mas eficiente o suficiente para segurar parte do lixo que vinha com a correnteza. Mesmo rudimentar, ela já representava um passo importante na recuperação do rio.
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Com o tempo, o projeto foi aperfeiçoado. Hoje, a ecobarreira conta com uma esteira alimentada por energia solar, que coleta resíduos e os encaminha para uma cooperativa de reciclagem.
O avanço demonstra que ideias sustentáveis podem evoluir e se tornar soluções tecnológicas acessíveis, quando há empenho e criatividade.
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Nem tudo foi fácil na jornada de Diego. Em 2023, um vizinho denunciou sua iniciativa às autoridades ambientais, alegando que ele estava alterando o curso da água.
A denúncia, porém, teve o efeito contrário. Ao conhecerem o projeto, os fiscais perceberam seu valor e arquivaram o caso.
O episódio acabou impulsionando a história. Diego publicou um vídeo nas redes sociais relatando o ocorrido, e o conteúdo viralizou. Milhares de pessoas conheceram seu trabalho, e ele passou a receber apoio de todo o país.
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O que começou como uma tentativa de prejudicá-lo se tornou um divisor de águas, fortalecendo ainda mais sua missão ambiental. Ele contou um pouco da história desse projeto ao canal "O Poder da Colaboração":
Atualmente, o projeto de Diego segue crescendo. Além da ecobarreira do Rio Atuba, ele criou novas ferramentas, como a “ecopeneira” para praias, e levou sua experiência para outras regiões do Brasil, incluindo Belém, onde participou de ações preparatórias para a COP30.
Apesar das dificuldades financeiras, ele continua firme, encontrando formas criativas de manter o projeto ativo.
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A trajetória de Diego Saldanha ensina que a mudança começa perto de casa e que atitudes simples podem gerar transformações grandiosas. Sua história é um convite à ação: cuidar do meio ambiente é também cuidar da memória, da comunidade e do futuro.
Um exemplo inspirador de como a determinação individual pode despertar consciência coletiva e construir um mundo mais limpo e solidário.