O foco do estudo era identificar bactérias capazes de causar doenças em humanos / Freepik
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Um estudo publicado na revista European Radiology revelou que os pelos faciais masculinos apresentam mais microrganismos patogênicos do que os pelos de cães. Esses agentes podem provocar diferentes doenças em humanos.
Entre os principais encontrados estavam a Enterococcus faecalis, bactéria intestinal relacionada a infecções urinárias, e a Staphylococcus aureus, que pode gerar complicações graves quando acessa a corrente sanguínea.
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Veja também que esse utensílio promete substituir a esponja e eliminar bactérias na sua cozinha.
Os pesquisadores tinham como objetivo avaliar se aparelhos de ressonância magnética (RM), frequentemente usados tanto em pessoas quanto em animais, poderiam representar risco de contaminação.
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Isso porque é comum que exames veterinários de animais de pequeno porte sejam realizados em hospitais humanos, já que os equipamentos são caros.
O resultado surpreendeu os cientistas. Mesmo assim, eles reforçaram que não há motivo para remover a barba com base apenas nesses achados, lembrando que mulheres também podem carregar cargas bacterianas semelhantes.
Foram avaliados 18 homens barbudos, com idades entre 18 e 76 anos, sem histórico recente de hospitalização, além de 30 cães de raças variadas. Nos animais, o material foi coletado em áreas onde infecções de pele são mais comuns.
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Depois dos exames, também foram colhidas amostras diretamente dos aparelhos de RM para verificar se havia transferência de microrganismos entre humanos e cães.
A pesquisa focou na presença de bactérias capazes de causar doenças em pessoas. E os resultados mostraram que os barbudos deixaram mais patógenos nos equipamentos que os cães.
Todos os homens avaliados mostraram grande quantidade de bactérias tanto na saliva quanto na pele.
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Já entre os cães, 23 dos 30 analisados tiveram microrganismos detectados. Além disso, sete homens e quatro cachorros apresentaram espécies consideradas oportunistas, que podem provocar infecções em locais específicos do corpo humano.
As bactérias mais comuns foram a E. faecalis e a S. aureus, que, embora frequentemente presentes em pessoas saudáveis, podem se tornar perigosas em contato com órgãos internos.
Apesar da alta carga bacteriana identificada nos homens, os autores afirmam que a principal conclusão é a necessidade de reforçar os protocolos de limpeza em hospitais. Os dados sugerem que os humanos podem contaminar os equipamentos em nível maior que os animais.
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Como destacou Andreas Gutzeit, da Hirslanden Clinic, na Suíça, ao Daily Mail: “Com base nessas descobertas, os cães podem ser considerados mais limpos que os barbudos”.