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Com janelas quebradas e aparência de abandono, o prédio parece deslocado em meio ao cenário agitado, moderno e financeiro da avenida mais famosa de São Paulo
Quem passa pela Avenida Paulista dificilmente não repara naquela construção alta, curva e coberta por pichações no número 949. / Divulgação
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Quem passa pela Avenida Paulista dificilmente não repara naquela construção alta, curva e coberta por pichações no número 949.
Com janelas quebradas e aparência de abandono, o prédio parece deslocado em meio ao cenário agitado, moderno e financeiro da avenida mais famosa de São Paulo.
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Poucos sabem, no entanto, que ali poderia estar o primeiro Hard Rock Hotel da cidade. Mas o projeto ambicioso nunca saiu do papel, e a Torre Paulista segue como um enigma urbano.
Inaugurado em 1972 como Edifício Aquários, o prédio foi projetado pelos renomados arquitetos José Gugliota e Jorge Zzupim, expoentes do modernismo e do brutalismo brasileiro. A construção se destaca até hoje pelo formato curvo e esguio, que se afunila na parte superior.
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Com aproximadamente 19 mil metros quadrados, o edifício fica em frente ao Edifício Gazeta, em um dos pontos mais movimentados da capital. Nos anos seguintes à sua inauguração, abrigou grandes escritórios, incluindo a sede brasileira do banco japonês Sumitomo.
O destino da Torre Paulista mudou em 2018, quando foi anunciada a instalação do primeiro Hard Rock Hotel de São Paulo no local. A proposta incluía 230 quartos temáticos, preservando a ousada estrutura original e incorporando a identidade musical da rede internacional.
Com o anúncio do hotel, os inquilinos foram removidos e o edifício esvaziado. Mas o projeto nunca saiu do papel. Nenhuma reforma foi iniciada, e o prédio passou a acumular os efeitos do tempo: infiltrações, vidros quebrados, pichações e abandono.
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Hoje, o Hard Rock não menciona mais o empreendimento em seu site oficial, e o silêncio em torno do projeto alimenta dúvidas sobre seu futuro.
Mais de cinco anos após o anúncio do hotel, a Torre Paulista permanece como uma grande estrutura ociosa no meio da Avenida Paulista, cenário de eventos culturais, manifestações políticas e símbolo da diversidade urbana de São Paulo.
Enquanto aguarda uma definição sobre seu futuro, o prédio segue despertando curiosidade, questionamentos e até frustração de quem vê tanto potencial deixado de lado em uma das regiões mais valorizadas do país.
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