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Este cardeal brasileiro já foi escolhido pelo conclave e disse 'não' à cadeira de Pedro

Dom Aloísio Lorscheider foi o mais votado no conclave de 1978, mas abriu mão do papado por motivos de saúde e ajudou a eleger João Paulo II

Luana Fernandes Domingos

Publicado em 09/05/2025 às 10:00

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Conheça a história de Dom Aloísio Lorscheider, o cardeal brasileiro eleito Papa em 1978 / Divulgação

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Com a morte do Papa Francisco e a escolha de Leão XIV, muitos 'causos' de Conclave ressurgem. Poucos sabem, mas a história da Igreja Católica poderia ter seguido um rumo muito diferente em 1978 — e passado pelo Brasil.

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No conclave que definiu o futuro da fé católica após a morte repentina de João Paulo I, o nome que primeiro atingiu os dois terços necessários para ser eleito papa não foi o do polonês Karol Wojtyla, mas o do brasileiro Dom Aloísio Lorscheider, então arcebispo de Fortaleza.

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Figura influente e respeitada dentro do Colégio de Cardeais, Dom Aloísio, no entanto, surpreendeu ao recusar a eleição.

Alegou problemas de saúde: havia se submetido a uma delicada cirurgia que incluiu oito pontes de safena. Temia que, assim como seu antecessor, tivesse um pontificado breve e traumático para a Igreja.

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A decisão mudou os rumos da história. Coube ao próprio Lorscheider articular nos bastidores do conclave. Com apoio de cardeais latino-americanos e africanos, voltou-se para o nome de Wojtyla, então arcebispo de Cracóvia, que se tornaria o carismático João Paulo II.

Saiba como o cardeal mais votado escolhe o novo nome e o que esta mudança significa para a nova 'chefia' da Igreja.

O polonês assumiu o trono de Pedro e lideraria a Igreja por 26 anos, até sua morte em 2005.

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Dom Aloísio permaneceu uma figura de destaque, admirado por seu discernimento e humildade. Faleceu em 2007, em Porto Alegre, aos 83 anos, após complicações de saúde.

Sua recusa ao papado chegou a ser citada em uma cena simbólica do filme O Poderoso Chefão 3, como um sussurro da influência brasileira nas entranhas do Vaticano.

Hoje, sua história é lembrada com respeito e curiosidade. Um brasileiro quase mudou o curso da Igreja — e escolheu não fazê-lo. Por fé, por prudência e, talvez, por amor à missão que já lhe cabia.

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