Esses alimentos comuns são aliados no tratamento da depressão, segundo especialista

A depressão é uma doença em crescimento alarmante entre os brasileiros, e a alimentação pode desempenhar um papel importante no tratamento dos sintomas. O médico Adriano Faustino, especialista em nutrologia, explica como os hábitos alimentares impactam diretamente a saúde mental.

Sementes e oleaginosas como amêndoas, castanha-do-pará e sementes de abóbora são ricas em magnésio — um mineral essencial para o bom funcionamento do organismo e que pode ajudar a atenuar sintomas depressivos, segundo o Doutor Faustino.

Verduras de folhas verde-escuras, como couve e espinafre, também são boas fontes de magnésio, assim como leguminosas, incluindo feijão, lentilha e grão-de-bico.

Outros alimentos de fácil acesso, como abacate e banana, são citados pelo especialista e estão amplamente disponíveis, além de conterem nutrientes benéficos à saúde mental. O chocolate amargo, que possui maior concentração de cacau, é outro exemplo de fonte relevante de magnésio.

Magnésio como aliado no tratamento da depressão

“Estudos indicam que níveis baixos de magnésio no organismo podem contribuir para o surgimento ou agravamento de sintomas depressivos, tornando a suplementação uma estratégia potencial no cuidado com a saúde mental”, afirma o Doutor Faustino.

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Um estudo publicado em 2023 na revista científica Frontiers in Psychiatry, da Suíça, mostrou que a suplementação com magnésio promoveu melhora significativa nos sintomas depressivos em comparação a grupos que não utilizaram o nutriente.

Por que o magnésio é importante para o cérebro?

A deficiência de magnésio pode estar relacionada a alterações no humor e no funcionamento do sistema nervoso. De acordo com o nutrólogo, o mineral é essencial para a regulação de neurotransmissores ligados ao bem-estar psicológico.

“O magnésio contribui para o equilíbrio do sistema nervoso e pode ajudar na regulação do humor. Quando a suplementação é feita com acompanhamento profissional, pode se tornar uma ferramenta importante no tratamento da depressão”, reforça o médico.

Suplementação deve ser feita com orientação

Apesar dos benefícios potenciais, o médico alerta que a suplementação de magnésio deve ser realizada com orientação profissional. “É fundamental que a suplementação seja indicada por um profissional de saúde, que avaliará as necessidades específicas de cada paciente e eventuais contraindicações. O magnésio não substitui tratamentos tradicionais, como psicoterapia ou medicamentos antidepressivos, mas pode ser um complemento eficaz”, destaca.

Brasil tem uma das maiores taxas de depressão

O Brasil figura entre os países com as maiores taxas de depressão na América Latina e no mundo, segundo dados da PMC (PubMed Central), base de dados mantida pelo National Institutes of Health (NIH), dos Estados Unidos.

Em 2019, cerca de 10,2% da população adulta brasileira foi diagnosticada com depressão — o equivalente a aproximadamente 16,3 milhões de pessoas. Entre 2020 e 2023, os casos cresceram no setor de saúde suplementar, passando de 11,1% para 13,5% dos beneficiários de planos de saúde. As maiores prevalências foram registradas entre mulheres e jovens de 18 a 39 anos, conforme relatório do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

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