Os resultados indicam uma atuação semelhante à de anti-inflamatórios comuns / Freepik/pikisuperstar
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O gengibre, tradicionalmente usado como tempero e remédio caseiro em diferentes culturas, vem conquistando espaço também nos estudos científicos. Pesquisas recentes analisadas pela professora Dipa Kamdar, da Universidade de Kingston, reforçam o potencial da raiz como aliada da saúde do coração e no cuidado de outras condições comuns.
Embora seja conhecido há séculos na medicina tradicional, o gengibre começa agora a ser reconhecido pela ciência moderna como um alimento funcional.
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Seus compostos ativos, como gingerol e shogaol, demonstram efeitos anti-inflamatórios, antioxidantes e até protetores para pessoas com diabetes ou colesterol elevado.
Ensaios clínicos já comprovaram a eficácia do gengibre no alívio de náuseas, especialmente durante a gravidez, sendo considerado seguro em pequenas doses. Há ainda indícios promissores em casos de náuseas ligadas à quimioterapia.
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Além disso, a raiz contribui para reduzir gases e inchaços, atuando tanto no trato digestivo quanto no sistema nervoso.
Os compostos presentes no gengibre têm propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias relevantes.
Estudos recentes indicaram que o consumo regular pode diminuir a atividade dos neutrófilos, células que em excesso estão ligadas ao desenvolvimento de doenças autoimunes como lúpus e artrite reumatoide.
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Também se destacam seus efeitos antimicrobianos, que fortalecem o organismo contra gripes e resfriados.
Pesquisas sugerem que o gengibre pode ajudar a reduzir dores articulares em pessoas com osteoartrite, principalmente em estágios iniciais, além de dores musculares após exercícios e cólicas menstruais.
Os resultados indicam uma atuação semelhante à de anti-inflamatórios comuns, já que a raiz interfere em substâncias que provocam inflamação e dor.
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Entre os achados mais robustos estão os benefícios do gengibre para o coração. Uma revisão de 26 estudos clínicos revelou reduções no colesterol total, LDL e triglicerídeos, além de aumento do HDL, considerado protetor.
Também houve impacto positivo na pressão arterial. Para pessoas com diabetes tipo 2, a raiz mostrou potencial no controle da glicemia, ajudando na sensibilidade à insulina e na captação de glicose pelas células.
Pesquisas em estágio inicial apontam que os antioxidantes do gengibre podem proteger as células cerebrais contra danos oxidativos, relacionados ao avanço de doenças como o Alzheimer.
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Testes laboratoriais também indicaram que a raiz pode retardar o crescimento de determinados tipos de células cancerígenas, mas ainda não há comprovação suficiente em humanos.
Apesar dos benefícios, especialistas alertam para o consumo moderado. Quantidades acima de quatro gramas diárias podem causar azia, diarreia ou irritações leves.
Pessoas que utilizam anticoagulantes ou medicamentos para diabetes e hipertensão devem ter cautela, pois o gengibre pode potencializar os efeitos desses fármacos. Gestantes também precisam de acompanhamento médico antes de utilizar altas doses.
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De modo geral, consumir gengibre em chás, como o poderoso chá antigripal, ou receitas do dia a dia é considerado seguro e pode ser uma forma simples de aproveitar suas propriedades. Já a utilização em suplementos exige orientação profissional.
O que antes era tradição popular ganha, a cada novo estudo, respaldo científico que coloca a raiz como um aliado natural para diversas áreas da saúde.