Esse peixe nasce menor que a ponta do seu dedo, mas depois pesa mais do que seu carro

Na natureza, alguns crescimentos são tão impressionantes que parecem ficção. Imagine um peixe que nasce com o tamanho de um grão de arroz e, em sua vida adulta, pode pesar tanto quanto um carro pequeno.  Essa jornada de transformação, do minúsculo ao colossal, é uma das mais fascinantes do reino animal.

Esse habitante misterioso do oceano, de forma achatada e sem a cauda tradicional, é o maior peixe ósseo do mundo e se alimenta de águas-vivas. Sua transformação de minúsculo a gigante é um dos maiores segredos da vida marinha.

O peixe-lua, também chamado de Mola mola, está entre os maiores e mais pesados peixes ósseos do planeta. Por conta disso, desperta fascínio e curiosidade em diversas partes do mundo. 

A seguir, você vai conhecer mais sobre esse animal, suas características e o que o diferencia de outros peixes-comuns. Uma peculiaridade chama atenção: ele pode ser visto nadando de lado em determinadas situações.

Entre seus traços mais marcantes está o tamanho impressionante — pode alcançar 3 metros de comprimento e ultrapassar 2 toneladas. O recorde conhecido é de um exemplar com cerca de 2,3 toneladas. 

Seu corpo tem formato arredondado, é achatado nas laterais e a pele, grossa e áspera, é coberta por uma camada de muco, conferindo textura singular. 

No lugar da cauda convencional, exibe uma estrutura em forma de franja chamada “clavus”, enquanto as barbatanas dorsal e anal são notavelmente alongadas.

Veja também que pesquisadores também encontram um peixe com dentes humanos. Ele é temido por atacar testículos.

Habitat e alimentação

O peixe-lua habita todos os oceanos tropicais, sendo mais frequente em águas quentes. Costuma permanecer próximo à superfície, mas também é capaz de mergulhar a grandes profundidades. 

Sua dieta é formada principalmente por medusas, embora também inclua pequenos peixes, zooplâncton e algas. Ao consumir grandes quantidades de medusas, desempenha um papel importante no equilíbrio dessas populações marinhas.

O motivo de “flutuar” de lado

Uma das curiosidades mais intrigantes sobre o peixe-lua está ligada à sua termorregulação. Depois de se aventurar em águas profundas e frias para se alimentar, ele retorna à superfície para aquecer-se ao sol, muitas vezes deitado de lado, comportamento que causa estranhamento a quem o observa. 

Essa espécie abriga inúmeros parasitas na pele e, por isso, visita recorrentemente “estações de limpeza”, onde peixes menores removem esses organismos.

Crescimento e ameaças

O peixe-lua apresenta um crescimento fora do comum: quando nascem, têm apenas alguns milímetros, mas aumentam de tamanho rapidamente até atingir proporções gigantescas. Mesmo assim, não escapam de predadores como tubarões, orcas e leões-marinhos. 

Além disso, sofrem com os impactos da poluição marinha, principalmente pela ingestão acidental de plásticos, que confundem com as presas naturais.