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Recentemente, um peixe amplamente consumido no Brasil foi classificado por especialistas espanhóis como o mais perigoso do mundo devido à elevada presença de parasitas
O salmão foi classificado por especialistas espanhóis como o mais perigoso do mundo / zinkevych/freepik
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Especialistas em segurança alimentar de diversos países têm demonstrado crescente preocupação com a qualidade de alguns peixes que chegam aos mercados.
Embora o peixe continue sendo um alimento altamente valorizado por suas propriedades nutricionais, surgem cada vez mais alertas sobre os riscos associados à forma como são produzidos e processados, especialmente em ambientes de aquacultura.
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Recentemente, um peixe amplamente consumido no Brasil foi classificado por especialistas espanhóis como o mais perigoso do mundo devido à elevada presença de parasitas.
Trata-se do salmão, um dos peixes mais apreciados pelo sabor marcante e pela riqueza em nutrientes. No entanto, de acordo com o jornal espanhol AS, estudos indicam que ele pode conter mais de 70 tipos diferentes de parasitas.
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A origem dessa contaminação está, em grande parte, relacionada ao habitat natural do salmão nos primeiros anos de vida. Nesse período, o peixe costuma viver próximo à costa, onde compartilha o espaço com mamíferos marinhos.
Esses animais atuam como hospedeiros intermediários e contribuem para manter o ciclo de vida dos parasitas que acabam infectando os peixes.
A preocupação se intensifica no caso do salmão de viveiro, criado em tanques de piscicultura.
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Segundo especialistas citados pelo jornal AS, esses peixes são frequentemente alimentados com rações industrializadas à base de farinha de peixe e diversos aditivos químicos, o que favorece a proliferação de parasitas e outros contaminantes.
Além disso, para prevenir surtos de doenças nos sistemas de criação intensiva, muitos produtores recorrem ao uso regular de antibióticos e pesticidas.
Embora esses produtos sejam permitidos em determinadas quantidades, há evidências de que podem se acumular nos tecidos e na pele do peixe, oferecendo riscos potenciais à saúde humana, especialmente quando o consumo é frequente.
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O portal ainda destaca que, em algumas unidades de produção, os trabalhadores utilizam trajes de proteção completos devido ao uso de substâncias químicas tóxicas nas águas onde os salmões são criados.
Mesmo aplicados com precaução, esses compostos podem deixar resíduos no ambiente e afetar a qualidade do produto final.
Diante desse cenário, é essencial saber distinguir o salmão selvagem do salmão de viveiro. O peixe capturado em seu habitat natural se alimenta de forma mais variada e equilibrada, o que se reflete em um perfil nutricional superior. Já o salmão da aquacultura, embora mais acessível, pode trazer riscos associados às condições de produção intensiva.
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Apesar das preocupações, o salmão continua sendo uma excelente fonte de proteínas de alto valor biológico.
O peixe também fornece minerais essenciais como ferro, iodo, fósforo, selênio, magnésio e cálcio, além de quantidades significativas de vitamina D.
Seus compostos anti-inflamatórios ainda podem contribuir para a saúde da pele e o bem-estar geral, desde que consumido com moderação e procedência segura.
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