Mercúrio no peixe: comer ou evitar? / Freepik
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O peixe é um alimento essencial para a saúde, rico em proteínas e ômega 3, mas nem todo pescado é seguro para o consumo regular. A contaminação por mercúrio presente em algumas espécies levanta um alerta importante, especialmente para grupos mais vulneráveis.
Esta substância tóxica, um grave problema de saúde pública, chega aos rios principalmente devido à mineração ilegal. O mercúrio, usado para separar o ouro, é descartado indevidamente e acaba contaminando a cadeia alimentar aquática.
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A Agência de Segurança Alimentar da Espanha (Aesan) conduziu um estudo aprofundado com diversos frutos do mar, frescos e enlatados, medindo os níveis desse elemento perigoso. Seus achados são cruciais para entendermos os riscos.
Conheça também o peixe mais consumido do mundo que é uma bomba tóxica e tem mais de 70 parasitas.
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O mercúrio é um minério extremamente tóxico para o corpo humano. Sua presença nos alimentos pode acarretar sérios problemas de saúde, impactando sistemas vitais como o cardiovascular, digestivo, imunológico e nervoso.
A Aesan identificou espécies com alta concentração de mercúrio. Elas são: Atum fresco; Peixe-espada; Tubarões azuis; Peixe-agulha; Garoupa; Maruca; Cherne; Espadarte; Cação e Tintureira. São peixes predadores de vida longa, que acumulam o metal ao longo da vida.
O acúmulo de mercúrio ocorre porque esses grandes predadores se alimentam de peixes menores já contaminados. Consequentemente, a quantidade do metal aumenta progressivamente em cada nível da cadeia alimentar, tornando-os mais perigosos.
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É importante lembrar que um renomado chef espanhol já explicou por que não devemos lavar peixes com água da torneira.
No Brasil, a região Norte é a mais afetada pela contaminação por mercúrio em peixes. Especificamente, o Pará apresenta níveis alarmantes, diretamente ligados à intensa atividade de mineração de ouro na área.
Grávidas, lactantes e crianças são os mais vulneráveis à exposição ao mercúrio. Para esses grupos, o consumo de peixe contaminado pode prejudicar o desenvolvimento cognitivo, além de causar problemas motores, de fala e aprendizado.
Não é preciso eliminar o peixe da dieta, mas a moderação é chave. Especialistas recomendam consumir espécies com alto teor de mercúrio em pequenas porções, no máximo duas vezes ao mês. A informação é sua melhor aliada para uma alimentação segura.
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